Em 2025, a busca por alternativas menos agressivas para modelar os cabelos ganhou força, impulsionada por influenciadoras, cabeleireiros e usuárias comuns que compartilharam resultados surpreendentes nas redes sociais.
A promessa de ondas e cachos definidos sem o uso de calor deixou para trás o domínio do babyliss, chapinhas e secadores, abrindo espaço para técnicas simples, baratas e seguras, que preservam a saúde dos fios.
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O interesse por métodos de ondulação a frio não é exatamente novo. Desde as antigas tranças de dormir até os bobs dos anos 1950, as pessoas sempre tentaram domar os fios sem expô-los a altas temperaturas.
A diferença agora está na sofisticação e na eficiência das técnicas atuais, que se mostram adaptáveis a diferentes tipos de cabelo, oferecem resultados consistentes e, o mais importante, não causam danos estruturais às madeixas.
QUANTO MAIS NATURAL, MAIS TENDÊNCIA
A transição capilar e o movimento de valorização da textura natural foram determinantes para a popularização de métodos sem calor. Com o tempo, cresceu a consciência sobre os efeitos cumulativos das ferramentas térmicas nos fios: ressecamento, quebra, perda de brilho e elasticidade.
Além disso, dermatologistas e tricologistas passaram a reforçar os riscos do uso excessivo de calor direto sobre o couro cabeludo, apontando que isso pode afetar a saúde do folículo capilar e comprometer o crescimento dos fios.
Em um cenário de maior atenção à integridade dos cabelos, alternativas não térmicas passaram a ser encaradas não apenas como tendência, mas como necessidade.
TÉCNICA DA MEIA-CALÇA: SUCESSO NO TIKTOK
Uma das técnicas mais populares em 2025 é a chamada “técnica da meia-calça”, também conhecida como heatless curls. O método consiste em usar uma meia ou uma faixa de tecido maleável para enrolar os cabelos ainda úmidos, geralmente antes de dormir. A mecha é torcida em torno da meia e presa com grampos ou elásticos suaves. Após algumas horas, ou na manhã seguinte, ao soltar os fios, surgem ondas largas, com volume natural e movimento.
O diferencial dessa técnica está na simplicidade da execução e no resultado mais polido, semelhante ao babyliss largo, ideal para quem busca um visual sofisticado sem esforço. A dica para garantir a durabilidade das ondas é aplicar um creme modelador leve antes da finalização e evitar pentear os fios com escovas após soltá-los.
BIGUDINS: O RETORNO DOS CLÁSSICOS
Outra prática que voltou com força em 2025 foi o uso de bigudins flexíveis, agora em versões de silicone e espuma com tecnologia antitranspiração. Os novos modelos oferecem conforto para dormir e não marcam os fios como os antigos rolinhos de plástico. Eles se tornaram aliados especialmente das pessoas com cabelos lisos e médios, que precisam de mais estrutura para formar cachos definidos.
A aplicação é simples: com o cabelo ainda levemente úmido, enrola-se cada mecha no bigudin, fixando-o com as pontas dobráveis. Após algumas horas ou durante a noite, os fios adquirem forma e sustentação. A vantagem dessa técnica é a versatilidade: quanto menor o diâmetro do bigudin, mais fechados os cachos; quanto maior, mais suaves e soltas as ondas.
TRANÇAS, COQUES E TORÇÕES: OS TRADICIONAIS QUE FUNCIONAM
Nem sempre é preciso investir em acessórios. Velhas conhecidas do dia a dia, como tranças embutidas, coques torcidos e torcidinhos laterais, continuam sendo soluções eficazes para formar ondulações sem calor. Quando feitos com o cabelo úmido e mantidos por várias horas, esses estilos criam formas naturais, que variam de acordo com a espessura das seções trançadas ou enroladas.
Uma única trança central, por exemplo, tende a gerar ondas largas e suaves. Já várias trancinhas finas por toda a cabeça podem resultar em um visual frisado e com mais volume, semelhante ao cabelo com babyliss fino. Os coques baixos e torcidos garantem um look mais vintage e elegante, enquanto as torções laterais são ideais para quem quer volume na raiz e ondas nas pontas.
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SPRAY DE ÁGUA COM SAL: TEXTURA DE PRAIA SEM PRAIA
Outro recurso muito usado para criar aparência ondulada é o spray de água com sal, também conhecido como sea salt spray. Essa fórmula, que imita o efeito que a água do mar deixa nos cabelos após um mergulho, pode ser aplicada junto às técnicas sem calor para intensificar a textura e ajudar na formação das ondas.
O sal presente na fórmula ajuda a dar sustentação, enquanto ingredientes como aloe vera e pantenol, presentes nas versões mais modernas, garantem a hidratação e protegem contra o ressecamento. A aplicação pode ser feita antes das tranças ou coques, ou após o uso de bigudins, para criar um acabamento mais texturizado e natural.
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BENEFÍCIOS A LONGO PRAZO
Além de preservar a integridade dos fios, as técnicas sem calor ajudam a manter a coloração dos cabelos por mais tempo, uma vez que o calor constante contribui para o desbotamento da tintura, especialmente em tons mais claros e vibrantes. Também reduzem o frizz causado por agressões térmicas e diminuem a necessidade de produtos termoativados.
Com o uso contínuo de métodos suaves, os cabelos tendem a ficar mais fortes e menos quebradiços, além de apresentarem maior brilho e maleabilidade. Para quem está em transição capilar ou deseja recuperar a curvatura natural dos fios, essas técnicas também são aliadas no processo de redescoberta da textura original do cabelo.
Embora os resultados das técnicas sem calor sejam eficazes, é preciso lembrar que elas demandam tempo.
Diferentemente do babyliss, que modela em minutos, os métodos caseiros dependem de horas de ação, sendo muitas vezes feitos à noite, com resultados visíveis apenas no dia seguinte. Ainda assim, o tempo investido acaba sendo compensado pela qualidade dos fios preservados.
Com o avanço da indústria de cosméticos voltada para finalizadores leves, ativadores de ondas e acessórios ergonômicos, 2025 se consolida como o ano em que o babyliss deixou de ser essencial. A onda agora é outra — literalmente — e ela segue firme, natural e sem calor.
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