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Passo a passo: como alisar o cabelo em casa sem química e sem chapinha

Técnicas naturais vêm ganhando espaço entre quem busca reduzir o frizz, o volume e conquistar um liso mais leve, sem recorrer ao calor

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Cabelo liso e hidratado/Reprodução
Cabelo liso e hidratado/Reprodução

Por muito tempo, o alisamento capilar foi sinônimo de químicas agressivas e uso constante de chapinha. O desejo por fios lisos, alinhados e com movimento fez com que muitas mulheres recorressem a métodos que, ao longo do tempo, comprometem a saúde do cabelo. No entanto, há quem tenha optado por caminhos alternativos.

Segundo informações do TV FOCO técnicas naturais vêm ganhando espaço entre quem busca reduzir o frizz, o volume e conquistar um liso mais leve, sem recorrer ao calor extremo ou a substâncias prejudiciais.

A busca por alternativas naturais não significa necessariamente alcançar o mesmo efeito de um alisamento químico. Mas há uma crescente valorização de métodos que proporcionem maciez, brilho e redução de volume de forma gradativa e menos agressiva.

Produtos caseiros, hábitos de cuidado e técnicas que respeitam a estrutura do fio vêm sendo redescobertos por influenciadoras e profissionais da área da beleza.

A DIFERENÇA ENTRE ALISAR E DISCIPLINAR OS FIOS

É importante diferenciar o que é alisamento permanente e o que são tratamentos de disciplinamento dos fios. O primeiro promove uma quebra das estruturas internas do cabelo para forçá-lo a manter a forma lisa. Já os tratamentos naturais agem na superfície, promovendo hidratação intensa, fechamento das cutículas e alinhamento, o que pode dar a aparência de cabelo mais liso e brilhante, mas sem alterar a estrutura original do fio.

Por isso, muitas técnicas chamadas de “naturais” não prometem um liso chapado, mas sim um cabelo mais comportado, fácil de pentear e com menos frizz. Para quem busca abandonar de vez a chapinha, essas alternativas podem oferecer resultados satisfatórios a médio e longo prazo, com constância nos cuidados.

MÁSCARAS E RECEITAS COM INGREDIENTES NATURAIS

Alguns ingredientes amplamente utilizados na cozinha têm propriedades que ajudam a tratar o cabelo. Entre eles, o amido de milho, a babosa e o leite de coco são os mais citados.

A máscara de amido de milho, conhecida como “touca de gesso”, mistura o ingrediente com leite ou água, óleo vegetal e creme de hidratação. O amido ajuda a selar a fibra capilar, contribuindo para o alinhamento dos fios. Já a babosa, rica em vitaminas e enzimas, tem ação umectante e auxilia na redução de frizz. Quando combinada com óleos vegetais, como o de coco ou o de rícino, ajuda a deixar o cabelo mais solto e brilhante.

O leite de coco, por sua vez, contém ácidos graxos e nutrientes que hidratam profundamente. Quando usado com limão ou aveia, em receitas de alisamentos caseiros, promete reduzir o volume e facilitar a escovação, mesmo sem o uso de fontes de calor.

ESCOVAÇÃO CORRETA E FINALIZAÇÃO INTELIGENTE

Outro ponto fundamental para quem deseja abandonar a chapinha é a forma como o cabelo é finalizado. O uso de escovas de cerdas naturais, secagem ao natural com auxílio de pentes de madeira e técnicas como a touca de meia-calça podem ajudar no processo de alisamento temporário.

A touca, método popularizado nas décadas passadas, consiste em enrolar o cabelo ao redor da cabeça e prender com grampos, criando uma forma lisa sem uso de calor. Com o tempo e o uso contínuo, essa prática ajuda a moldar os fios, especialmente em cabelos que já têm tendência ao liso ou levemente ondulados.

O uso de leave-ins com ação anti-frizz e cremes modeladores também faz diferença. Esses produtos criam uma película protetora ao redor do fio, mantendo-o disciplinado e com menos propensão a arrepiar. Quando aliados à escovação suave e ao uso de tecidos de cetim ao dormir, o resultado se mantém por mais tempo.

CRONOGRAMA CAPILAR COMO ALIADO

Para quem decide aposentar a chapinha, o cronograma capilar é um aliado essencial. O método, que intercala hidratação, nutrição e reconstrução, visa repor a água, os lipídios e a massa capilar perdidos ao longo do tempo. Fios bem tratados tendem a ficar mais alinhados, com menos necessidade de intervenção térmica ou química.

Cabelos porosos ou danificados por chapinha e alisamentos antigos têm maior dificuldade em manter o formato e o brilho. Por isso, o processo de transição para uma rotina natural pode exigir paciência. A disciplina nos cuidados é o que, aos poucos, vai transformando a textura dos fios e diminuindo a necessidade do alisamento.

A IMPORTÂNCIA DO CORTE CERTO

O corte de cabelo também influencia diretamente na aparência do fio. Modelos retos e repicados em camadas podem acentuar ou suavizar o volume, a depender da espessura e da textura natural do cabelo. Para quem busca um visual mais alinhado, cortes retos na altura dos ombros ou mais longos facilitam o peso natural dos fios, favorecendo um caimento mais liso.

Cabelos curtos e muito repicados tendem a ganhar volume, o que pode dificultar o abandono da chapinha em certas fases do tratamento natural. Por isso, a escolha do corte deve considerar o tipo de fio e o efeito desejado ao longo do tempo.

EVITAR O CALOR E PROTEGER O FIO

Além da chapinha, é recomendável evitar outras fontes de calor, como secadores muito quentes ou uso excessivo de difusores. Quando for necessário o uso de aparelhos térmicos, protetores térmicos são indispensáveis para preservar a fibra capilar.

O calor excessivo danifica a queratina natural do cabelo, provocando ressecamento, opacidade e pontas duplas. Com o tempo, os fios perdem a elasticidade e a resistência, tornando-se mais frágeis e quebradiços. Por isso, manter o uso de calor sob controle é essencial para quem deseja fios saudáveis e com aparência naturalmente lisa.

RESULTADOS DURADOUROS

Alisar o cabelo naturalmente não é um processo instantâneo. Ao contrário dos alisamentos químicos e da chapinha, que oferecem resultados imediatos, os métodos naturais exigem tempo e dedicação. No entanto, eles permitem que o fio mantenha sua integridade, evitando os efeitos colaterais mais comuns dos alisamentos tradicionais.

Além disso, a aceitação da textura natural, o cuidado contínuo e o uso de técnicas que respeitam a saúde capilar contribuem para resultados mais duradouros e sustentáveis. A transição para métodos menos agressivos também tem relação com um movimento de autocuidado e respeito ao tempo do próprio corpo.

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Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.