
Uma mensagem psicografada atribuída ao espírito do Papa João Paulo II, divulgada recentemente pelo canal O Espiritualista e pelo portal Tv Foco, tem gerado grande repercussão entre fiéis e estudiosos das questões espirituais.
Segundo o conteúdo divulgado, o texto traz um alerta urgente sobre o futuro da Terra, abordando a degradação ambiental, a crise moral da humanidade e a necessidade de uma transformação profunda nos valores humanos.
A carta, intitulada “Até quando ignorarás?”, é apresentada como uma manifestação de Karol Wojtyła, nome de batismo do pontífice, que teria se comunicado espiritualmente em meio a uma “falange de amor” composta também por João XXIII, Paulo VI e Bento XVI.
A mensagem, de tom poético e reflexivo, mescla advertência e esperança, e convoca os homens à responsabilidade espiritual e ecológica diante dos rumos do planeta.
UMA “FALANGE DE AMOR” EM ALERTA
De acordo com o canal, o espírito de João Paulo II teria retornado por “pura misericórdia”, movido pela urgência do tempo atual. A carta relata que ele se apresenta acompanhado de outros líderes espirituais, unidos por uma missão: “despertar a consciência humana e reacender a fé no diálogo, na paz e na reconciliação do homem com Deus e com a Criação.”
No texto, o Papa descreve o estado da Terra em termos comoventes, afirmando que o planeta é hoje uma “alma planetária ferida”, que sofre sob o peso da exploração e da indiferença humana. Ele fala de rios transformados em lágrimas, da escassez de água doce, das florestas devastadas por motosserras e do desequilíbrio que atinge o planeta em todas as dimensões.
A mensagem, segundo o relato, não se restringe ao meio ambiente. João Paulo II afirma que as próprias cidades, antes construídas para abrigar o progresso e o conforto, se tornaram “campos de aflição”, onde multidões vivem à margem e os pobres “perdem tudo”. Ele cita os desastres naturais como sinais do desequilíbrio humano, lembrando que os terremotos e incêndios “não rasgam apenas o chão, mas também a consciência da humanidade.”
A DENÚNCIA DO ORGULHO HUMANO
Na carta, João Paulo II faz duras críticas à indiferença e ao orgulho da humanidade, que, segundo ele, substituiu o amor pela busca incessante por poder e lucro. O texto condena o que chama de “ilusão do progresso desenfreado”, em que o homem teria vendido “sua ética e sua alma por interesses materiais”.
A indiferença é apontada como a praga mais mortal do mundo contemporâneo. O pontífice afirma que a humanidade está cega para os sinais do desequilíbrio e para o sofrimento coletivo. A carta menciona ainda contextos específicos, citando a corrupção e o desgoverno no Brasil, além das guerras na Ucrânia e em Gaza, como reflexos de uma sociedade que se afastou do amor e da compaixão.
“O planeta não morre por vontade divina, mas pela irresponsabilidade dos humanos que escolheram o egoísmo e a indiferença”, alerta o espírito do Papa.
Para ele, o mundo está diante de uma encruzilhada espiritual, em que cada escolha individual se reflete na coletividade. O texto questiona até quando o homem ignorará os sinais de destruição e dor, e enfatiza que a cura da Terra começa no coração humano.
O PLANETA COMO UM SER VIVO
Um dos trechos mais marcantes da carta descreve a Terra como um ser vivo dotado de alma, que sente e sofre as agressões da humanidade. O Papa usa uma linguagem simbólica para representar o planeta como uma mãe ferida, “gemendo sob o peso da ganância, da exploração e da frieza humana”.
Segundo a mensagem, cada omissão humana deixa uma “ferida profunda na alma do planeta”. O texto também ressalta que a devastação ambiental e a perda dos valores espirituais caminham lado a lado, pois a desconexão com a natureza reflete o distanciamento de Deus.
Essa visão dialoga com os próprios discursos que João Paulo II fazia em vida sobre o cuidado com a Criação e a responsabilidade ecológica dos povos. Mesmo após sua morte em 2005, sua figura permanece como símbolo de fé e diálogo entre religiões, o que torna a suposta carta ainda mais impactante para os fiéis.
MILAGRES SILENCIOSOS E O PODER DO AMOR
Apesar do tom de alerta, a carta psicografada também traz mensagens de esperança. João Paulo II menciona o que chama de “milagres silenciosos”, que ocorrem todos os dias por meio de pequenos gestos de bondade. Ele cita jovens que se dedicam ao próximo, fiéis de diferentes religiões que oram juntos e líderes espirituais que vivem entre os mais pobres como exemplos da presença viva do amor no mundo.
Para o pontífice, o futuro da humanidade depende da capacidade de cultivar o amor em meio ao caos. Ele escreve que “o futuro será do amor ou não será”, enfatizando que rezar é importante, mas agir é essencial.
A mensagem defende uma união universal entre os povos, independentemente de credos ou ideologias, e reforça a ideia de que a espiritualidade deve se traduzir em ações concretas em prol do bem comum.
O JULGAMENTO DIVINO E O CHAMADO À MUDANÇA
Na parte final da carta, João Paulo II faz um aviso direto aos poderosos: o julgamento divino é inevitável. Segundo ele, nenhum império, fortuna ou poder terreno resistirá à justiça espiritual que se aproxima. A humanidade, diz o Papa, está em um ponto decisivo da história.
“A humanidade está numa encruzilhada. O caminho para a nova terra não virá por milagres do céu, mas pela transformação sincera de cada ser humano que decidir mudar aqui embaixo.”
A carta conclui com um apelo à responsabilidade individual, afirmando que cada pessoa é chamada a participar da renovação planetária. O Papa reforça que o tempo da mudança é agora, e que o amor deve guiar o futuro da Terra.
UM ALERTA QUE REACENDE A FÉ
A repercussão da carta psicografada reflete o interesse crescente por temas espirituais que unem religião e consciência ambiental. João Paulo II foi reconhecido durante seu pontificado por promover o diálogo entre fé e razão e por incentivar o respeito à Criação como expressão da presença divina.
Mesmo entre os que duvidam da autenticidade da mensagem, o conteúdo tem despertado reflexões sobre o comportamento humano diante do planeta. O alerta sobre a destruição ambiental e a necessidade de reconciliação com a natureza encontra eco em debates contemporâneos sobre sustentabilidade e responsabilidade social.
Para os fiéis, a carta representa uma convocação espiritual: a de abandonar a indiferença e adotar uma vida guiada pela compaixão e pela consciência coletiva. Já para estudiosos, trata-se de um chamado simbólico que reflete o momento crítico vivido pela humanidade.
Independentemente da origem da mensagem, o texto carrega a força de um lembrete universal: o destino da Terra está nas mãos dos próprios homens, e cada ação, seja pequena ou grandiosa, contribui para moldar o futuro.
Assim, a carta psicografada atribuída ao Papa João Paulo II surge como um espelho do tempo presente. Em meio à crise ecológica, às guerras e à desigualdade, a pergunta que ecoa de suas palavras ressoa como um desafio à consciência humana: “Até quando ignorarás?”