
A pergunta “queda de cabelo pode aumentar no verão?” surge todos os anos quando o calor aparece, e não é por acaso. A combinação de sol forte, suor, água do mar e banhos mais frequentes realmente altera o comportamento dos fios e do couro cabeludo. Neste guia, você vai entender por que isso acontece, quais sinais exigem atenção e o que fazer para atravessar o verão com o mínimo de queda possível.
POR QUE A QUEDA DE CABELO PODE AUMENTAR NO VERÃO?
O verão cria um conjunto de fatores que deixam o couro cabeludo mais sensível e o fio mais frágil. O aumento da temperatura acelera a produção de suor e oleosidade, o que pode inflamar a raiz e favorecer a queda temporária. Além disso, o contato frequente com sol, mar e piscina altera a hidratação do fio, deixando-o mais quebradiço e propenso a afinamento.
O IMPACTO DO SOL DIRETO NO COURO CABELUDO
A exposição prolongada ao sol funciona como uma agressão contínua à pele do couro cabeludo. Quando isso ocorre, a região pode ficar mais irritada, ressecada ou até descamar. Esse processo reduz a força com que o fio se mantém preso ao folículo, aumentando a queda, mesmo em quem não tem histórico de problemas capilares.
CLORO, SAL E SUOR: A COMBINAÇÃO QUE ENFRAQUECE OS FIOS
O verão é marcado por mais banhos de piscina, mais idas ao mar e muito mais transpiração. Cada uma dessas situações interfere de um jeito:
- O cloro remove lipídios naturais que protegem o fio.
- O sal desidrata e deixa o cabelo rígido, facilitando a quebra.
- O suor, quando excessivo, altera o pH do couro cabeludo e inflama a raiz.
Quando esses três fatores atuam ao mesmo tempo, a queda de cabelo pode aumentar no verão de forma perceptível em poucas semanas.
HÁBITOS DE VERÃO QUE FAVORECEM A QUEDA SEM VOCÊ PERCEBER
Além das agressões externas, alguns comportamentos comuns da estação colaboram para a perda de fios:
- prender o cabelo ainda molhado;
- aumentar a frequência de lavagens sem equilibrar hidratação;
- usar shampoo antirresíduos em excesso;
- deixar resíduos de protetor solar escorrerem para o couro cabeludo.
Esses hábitos parecem inofensivos, mas criam um ambiente propício para irritação, coceira e queda reativa.
COMO CONTROLAR A QUEDA DE CABELO DURANTE O VERÃO
A melhor estratégia é combinar proteção, hidratação e cuidados básicos com o couro cabeludo. Ajustes simples já fazem diferença:
- usar proteção física, como chapéus ou bonés ventilados;
- enxaguar os fios após praia ou piscina para remover sal e cloro;
- alternar um shampoo suave com um específico para limpeza profunda;
- incluir máscaras hidratantes e nutritivas na rotina;
- evitar prender o cabelo com muita força.
Essas medidas reduzem a quebra e aliviam a sobrecarga no folículo, diminuindo a queda sazonal.
A QUEDA NO VERÃO É DIFERENTE DA QUEDA CAUSADA POR DOENÇAS?
Sim. Quando a queda de cabelo pode aumentar no verão, ela normalmente é reativa, ou seja, acontece como resposta às agressões externas típicas da estação. Nesses casos, o fio costuma cair inteiro, mas volta a crescer quando o couro cabeludo se recupera.
Já as quedas causadas por doenças (como dermatite seborreica intensa, alopecia androgenética ou anemia) tendem a ser contínuas e progressivas, independentemente da época do ano.
Entender essa diferença evita alarmes desnecessários e ajuda a agir rápido quando o problema é passageiro.
MUDANÇAS HORMONAIS PROVOCADAS PELO CALOR TAMBÉM INFLUENCIAM
O aumento de temperatura estimula glândulas responsáveis por regular suor e oleosidade. Em pessoas sensíveis, esse estímulo excessivo provoca microinflamações nos folículos capilares.
Embora discretas, essas inflamações tornam o fio menos firme na raiz — e por isso a sensação de que a queda de cabelo pode aumentar no verão é tão comum.
Não é coincidência: consultas dermatológicas para queda capilar sempre aumentam entre dezembro e março.
A DESIDRATAÇÃO SILENCIOSA DO COURO CABELUDO
No verão, é comum nos preocuparmos com a hidratação da pele do corpo, mas esquecemos do couro cabeludo.
Quando essa área desidrata, perde sua barreira natural de proteção, fica mais sensível ao sol, mais vulnerável ao suor ácido e mais propensa a descamação. Essa soma de fatores reduz o ciclo de vida do fio, encurtando a fase de crescimento e antecipando a queda.
ALIMENTAÇÃO INADEQUADA TAMBÉM INFLUENCIA NA ESTAÇÃO QUENTE
Durante o verão, é comum substituir refeições completas por lanches rápidos, exagerar no álcool ou reduzir o consumo de proteínas.
Esses hábitos impactam diretamente a saúde capilar.
O que costuma piorar a queda no verão:
- ingestão baixa de proteínas (fundamental para formar queratina);
- deficiência de ferro em quem já tem tendência;
- pouca água e excesso de bebidas açucaradas;
- dietas muito restritivas antes de viagens.
Quando esses hábitos aparecem ao mesmo tempo que a exposição ao sol, a queda se torna ainda mais perceptível.
O RITMO NATURAL DO CRESCIMENTO CAPILAR TAMBÉM MUDA
O ciclo do cabelo passa por três fases: crescimento, repouso e queda. No verão, por causa do estímulo térmico e da alteração hormonal leve, ocorre uma aceleração do ciclo — especialmente da fase de queda.
Não é algo grave, mas explica por que muitas pessoas relatam um “aumento repentino” de fios no ralo do chuveiro durante essa época.
QUANDO A QUEDA NO VERÃO MERECE ATENÇÃO MÉDICA
Nem toda queda sazonal é inofensiva. Procure avaliação se perceber:
- queda contínua por mais de 8 a 12 semanas;
- coceira persistente, descamação intensa ou feridas;
- queda acompanhada de falhas visíveis no couro cabeludo;
- fios muito mais finos do que o normal.
Se não for apenas uma queda reativa de verão, um dermatologista pode investigar causas como anemia, deficiência nutricional, alopecia androgenética ou dermatite mais severa.