Foto: Reprodução/Tv Globo
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A morte de Odete Roitman continua sendo o mistério mais comentado de Vale Tudo, novela que voltou a ocupar o horário nobre com grande sucesso.

Três décadas após sua exibição original, o público volta a se perguntar: quem matou a poderosa empresária interpretada por Débora bloch? A cada novo capítulo, as pistas se multiplicam, e as reações dos suspeitos reacendem a dúvida que marcou a história da televisão brasileira.

A LISTA DE ACUSADOS

Foto: Reprodução / TV Globo

MARIA DE FÁTIMA: oi AMBICIOSA PORÉM FIRME

Maria de Fátima (Bella Campos) aparece no topo da lista de suspeitos. Ela sofreu repetidas humilhações de Odete Roitman, inclusive presenciou traições e teve sua honra posta em xeque. 

Quando questionada sobre a possibilidade de estar envolvida no crime, Fátima não chega a admitir nada, mas sua indignação fica clara: ela afirma que Odete tentou matá-la em momentos anteriores, o que, em suas palavras, justificaria qualquer raiva ou desejo de vingança. Ainda assim, ela insiste que jamais usaria violência extrema. 

CELINA: DA APARÊNCIA PACÍFICA À SUSPEITA DE VINGANÇA

Celina (Malu Galli) é vista por muitos como alguém que parece “não querer confusão”, mas algumas de suas atitudes recentes levantam suspeitas. A narrativa sugere que ela guarda ressentimentos antigos, inclusive por sofrer em silêncio com os danos causados pela família de Odete. 

Quando chamada a comentar as acusações, Celina se projeta como alguém que “jamais faria algo tão drástico”, mas admite sentir desejo de justiça, ou reparação, o que muitos interpretam como uma cortina de fumaça para intenções mais profundas.  

MARCO AURÉLIO: O GENRO ENIGMÁTICO

Marco Aurélio (Alexandre Nero), empresário ambicioso e genro da vítima, também está no centro das suspeitas. Conhecido por sua frieza nos negócios e por ter discutido com Odete pouco antes do crime, ele tenta se mostrar colaborativo com as investigações, mas suas respostas calculadas despertam desconfiança.

Em depoimento, Marco Aurélio afirma que estava fora do país no momento do assassinato. Contudo, contradições em seu álibi e a descoberta de movimentações financeiras suspeitas complicam sua situação. “Não tenho nada a esconder. Odete era difícil, mas não a ponto de alguém querer matá-la”, diz ele, tentando se distanciar da tragédia.

A tensão entre ele e outros membros da família Figueiroa cresce a cada capítulo, e o empresário parece disposto a tudo para proteger sua reputação — inclusive manipular informações.

CÉSAR: MOTIVAÇÕES FINANCEIRAS E MEDO DA PERDA

César (Cauã Reymond) tem entre seus possíveis motivos a herança ou benefícios indiretos caso Odete não estivesse mais viva, especialmente por contratos e acordos que se desfavoreceriam se Odete mantivesse o controle sobre certos ativos. 

Em entrevistas recentes, César disse que “não se beneficia com o sofrimento alheio”, mas também admitiu que teme pelas consequências de uma Odete implacável — o que muitos veem como um reconhecimento implícito de que a vilã ainda lhe é uma ameaça.

HELENINHA: TRAUMA, CULPA E A POSSIBILIDADE DE EXTREMOS

Heleninha (Paolla Oliveira) tem sido referida como uma das suspeitas mais intrigantes, em parte devido ao peso emocional que carrega — o luto pelo irmão gêmeo, um passado conturbado com a mãe e segredos familiares. 

Ela nega veementemente qualquer envolvimento, afirmando que embora tenha mágoas e ressentimentos, jamais recorreria a homicídio. Entretanto, sua instabilidade emocional em determinadas cenas e reações inesperadas diante das acusações têm levado fãs e críticos a considerá-la uma suspeita real. 

LEILA NA VERSÃO ATUAL: A DÚVIDA QUE PERMANECE

Leila (Carolina Dieckmann) volta como personagem central desse novo enigma. Embora na trama original de 1988 ela tenha sido quem matou Odete, dessa vez a autora tem sinalizado vontade de mudar o autor do crime. 

Em declarações, Manuela Dias afirmou que Leila está sendo construída com dubiedade — ou seja, é alguém que pode muito bem ser culpada, ou pode não ser. Ela é apresentada como “sonsinha”, com comportamentos aparentemente inofensivos que, aos poucos, vão deixando claro que há camadas obscuras. 

Leila, portanto, se coloca numa posição ambígua: embora não haja declaração direta dela admitindo culpa, há fortes indícios e especulações de que ela pode ser escolhida novamente como assassina — ou ao menos como parte chave no desfecho. 

A PALPITE DA AUTORA: MUDANÇAS À VISTA

Manuela Dias já confirmou que pretende alterar o culpado da morte de Odete em relação à versão original.  Segundo ela, isso é parte do desafio do remake: surpreender quem já conhece o enredo antigo. 

Mesmo assim, a autora mantém um elenco de suspeitos clássico e renovado, e dá pistas que permitem que o público formule hipóteses diversas — inclusive de que o verdadeiro assassino pode ser alguém menos óbvio. 

O MISTÉRIO CONTINUA

O remake de Vale Tudo fecha suas tramas no dia 17 de outubro, data prevista para o último capítulo.  Até lá, cada cena, cada frase e cada olhar carregam o peso da suspeita. Quem matou Odete Roitman em 2025 poderá não ser Leila, ou poderá ser — nisso está a graça da narrativa. Mas a promessa da autora é clara: haverá surpresa, e o público que viveu o suspense uma vez já entende que nada pode ser tomado como certo. 

O MISTÉRIO QUE MOBILIZA GERAÇÕES

A pergunta “Quem matou Odete Roitman?” transcendeu o universo da ficção. Quando a novela foi exibida originalmente, em 1989, a revelação do assassino parou o país e entrou para a história da televisão brasileira. Agora, na nova exibição de Vale Tudo, o suspense se renova para uma geração que revisita o clássico sob novas lentes.

O enredo, que mistura crítica social e melodrama, mostra como a busca por poder e status pode levar à destruição. A morte de Odete Roitman simboliza o colapso de uma elite disposta a tudo para manter as aparências. As reações dos suspeitos refletem diferentes facetas da ambição humana: o desejo, o medo, o arrependimento e o silêncio.

Mesmo com o avanço das investigações dentro da trama, as contradições continuam a alimentar teorias entre os fãs. Cada novo capítulo traz detalhes que parecem mudar o rumo da história, reabrindo antigas feridas e testando a lealdade entre os personagens.

Enquanto o público revisita as cenas icônicas e analisa cada olhar e cada frase, uma coisa é certa: Vale Tudo segue sendo uma das maiores produções da teledramaturgia nacional. A dúvida sobre quem realmente matou Odete Roitman permanece viva, provando que alguns mistérios são tão bem construídos que resistem ao tempo — e continuam a intrigar o Brasil décadas depois.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.