
As férias escolares de fim de ano podem representar felicidade e sossego e até mesmo bagunça para alguns, mas para aqueles que dependem do movimento dos colégios para sua renda diária, o recesso pode ser desafiador.
Esse é o caso de Geraldo Francisco Moreira – ou seu Geraldo -, de 68 anos, que vende pipoca, chup-chup e água de coco em frente à Escola Monteiro, na Enseada do Suá, em Vitória. Ele conta que no dia a dia consegue vender uma quantidade razoável de produtos, porém quando chegam as férias são dois meses com a renda bem mais baixa.
Nos fins de semana, seu Geraldo já tem o costume de vender seus produtos na praia, então no final do ano, sua renda é exclusivamente dessas vendas, que realiza na Ilha do Boi.
“Tio da pipoca”
A história do “tio da pipoca” com a Escola Monteiro começou 39 anos atrás. Inicialmente, Seu Geraldo trabalhava vendendo picolé e sorvete e sua esposa, Dona Maria, que vendia pipoca na frente do colégio, porém, com o tempo, ele também passou a trabalhar no local.
Ele destaca que nem sempre é fácil, mas sempre pode contar com a ajuda das pessoas, desde funcionários até pais de alunos.
O pessoal sempre dá apoio para gente, fazem coisas que nem parentes fazem. Eu considero eles muito, são como meus parentes, desde os funcionários, os professores, o pessoal da área administrativa, até os alunos e os pais.
Seu Geraldo.

Vaquinha organizada por pais
Para garantir uma espécie de “13º salário” no fim do ano, Adriana de Oliveira Rocha, de 50 anos, organizou, pelo segundo ano, uma vaquinha para arrecadar dinheiro para que o fim de ano do “tio da pipoca” seja mais tranquilo.
Adriana, que é mãe de dois alunos da Escola Monteiro, afirmou que a ideia ao criar a doação veio da preocupação dela sobre a renda de Geraldo e de sua esposa no fim do ano.
É para ajudar ele, para que ele tenha um Natal abençoado. E como não falta nada para nós, que não falte para ele.
Adriana de Oliveira Rocha.
E essa vaquinha foi uma surpresa para Geraldo, que contou que não fazia ideia que as pessoas estavam organizando a campanha.
“Foi uma surpresa. Eles me mandaram dinheiro. Foi quando minha esposa me chamou e me mostrou, eu não entendi o que estava acontecendo. Eu até pensei em devolver o valor, porque achei que tinham me mandado por engano. Depois descobri sobre a vaquinha”.
Ele também não sabia que quem estava organizando as doações de dinheiro era Adriana e afirmou que ela é uma mulher que sempre o ajudou muito.
“Só tenho a agradecer a todos. Tem uma pessoa que sempre ajuda, Adriana. Ela ajuda muito. É uma pessoa muito boa. Todo dia, ela sempre compra chup-chup, pipoca, água de coco.”
Para ajudar na vaquinha basta doar qualquer valor para o Pix 27997511502.
