Um helicóptero da Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro pousou no meio da Avenida Brasil, na capital carioca, na manhã desta sexta-feira (18) para pegar e transportar órgãos para transplante. Um fígado e dois rins foram levados pela aeronave para dois hospitais.
A operação foi necessária por conta do trânsito intenso na região, que impediria os órgãos de chegarem a tempo por terra. Parte da avenida foi interditada na altura do bairro Jardim América para o pouso de urgência do helicóptero e o recolhimento dos órgãos.
Os órgãos saíram do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Norte da cidade, com destino ao Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul. O transporte precisava ser feito com agilidade, já que o fígado, por exemplo, tinha que ser transplantado em até seis horas após a retirada.
Percurso dos órgãos
Segundo o Programa Estadual de Transplantes, os órgãos foram captados de uma doadora de 49 anos e beneficiará três pessoas. A cirurgia de retirada começou às 3h50 no Hospital Pedro II e foi concluída às 6h.
Os órgãos seguiram de ambulância até o momento do recolhimento pelo helicóptero. A aeronave pousou à 7h15 na Avenida Brasil e, em menos de 10 minutos, chegou ao heliporto da Lagoa, às 7h24.
Do local, os órgãos foram levados por uma ambulância escoltada até o Hospital São Lucas, onde chegaram às 7h37. O Programa Estadual de Transplantes informou que o fígado seria implantado imediatamente.
Já os rins passarão por avaliação e definição dos recebedores. Há dez possíveis pacientes na fila de espera, dos quais dois serão beneficiados. Os transplantes podem ocorrer no Hospital Pedro Ernesto, no Hospital Federal de Bonsucesso ou no Hospital do Fundão.
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Recorde de transplantes
Em 2024, o Brasil ultrapassou o número de 30 mil transplantes, maior número da série histórica. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 85% dos procedimentos foram realizados pelo SUS, que destinou R$ 1,47 bilhão à área no ano passado, 28% a mais que em 2022.
*Texto sob supervisão da editora Elisa Rangel