Economia

Alimentação determina desaceleração dos preços no varejo em abril, diz FGV

Alimentação determina desaceleração dos preços no varejo em abril, diz FGV Alimentação determina desaceleração dos preços no varejo em abril, diz FGV Alimentação determina desaceleração dos preços no varejo em abril, diz FGV Alimentação determina desaceleração dos preços no varejo em abril, diz FGV

– O aumento dos gastos com alimentação deu uma trégua e caiu à metade no mês de abril, exercendo a principal influência para a desaceleração, ainda que tímida, da inflação varejista no âmbito do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,49% no mês passado, contra 0,50% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ao todo, seis dos oito grupos pesquisados pela FGV perderam força na passagem do mês. O alívio mais evidente veio do grupo Alimentação (1,15% para 0,69%), devido ao comportamento do item hortaliças e legumes (0,67% para -1,92%). Só o tomate ficou 19,62% mais barato. A batata-inglesa, porém, subiu 14,50%.

Também desaceleraram os grupos Habitação (-0,15% para -0,29%), Transportes (0,43% para 0,32%), Educação, Leitura e Recreação (0,19% para -0,09%), Comunicação (0,70% para 0,14%) e Despesas Diversas (1,02% para 0,28%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens aluguel residencial (0,69% para 0,38%), etanol (2,18% para -3,64%), excursão e tour (-0,22% para -3,71%), tarifa de telefone móvel (1,52% para 0,45%) e cigarros (2,12% para 0,29%), respectivamente.

No sentido contrário, ganharam força os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,64% para 2,41%) e Vestuário (0,32% para 0,74%). Nestas classes de despesa, os destaques foram medicamentos em geral (0,17% para 7,01%) e roupas (0,53% para 0,90%), respectivamente.

In natura

A queda dos preços dos alimentos in natura exerceu a principal influência para o alívio na inflação atacadista em abril, segundo a FGV. Os bens intermediários também intensificaram a queda, enquanto matérias-primas brutas como a soja voltaram a subir. O saldo foi uma desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 0,37% em março para 0,29% no mês passado, no âmbito do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

Após subirem 10,00% em março, os alimentos in natura caíram 0,26% na leitura de abril. Ficaram mais baratos tomate (-32,83%) e ovos (-5,72%). Entre os bens intermediários (-0,83% para -0,60%), o alívio principal partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -1,45% para -1,09%.

No estágio das matérias-primas brutas (0,63% para 1,77%), os destaques de alta foram soja (-6,78% para 3,00%), milho (5,83% para 6,62%) e bovinos (-0,67% para -0,07%). No sentido contrário, sobressaíram aves (4,13% para -1,29%), minério de ferro (8,05% para 5,70%) e laranja (12,68% para 5,08%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,55% em abril, menos que a alta de 0,64% em março. O resultado foi determinado pelo custo da mão de obra (0,97% para 0,72%), já que o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou de 0,26% para 0,35% no período.