Economia

ANP dá mais prazo para exploração de blocos na Foz do Amazonas

ANP dá mais prazo para exploração de blocos na Foz do Amazonas ANP dá mais prazo para exploração de blocos na Foz do Amazonas ANP dá mais prazo para exploração de blocos na Foz do Amazonas ANP dá mais prazo para exploração de blocos na Foz do Amazonas

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deu mais um ano e dois meses e meio (437 dias) de prazo para o primeiro período exploratório de blocos na Foz do Amazonas, que passam a ser operados pela Petrobras no lugar da Total, depois de a petrolífera francesa ter renunciado à operação dos ativos no ano passado.

Ainda como operadora, a Total havia pedido à ANP que suspendesse os contratos de concessão dos blocos FZA-M-57_R11, FZA-M-88_R11, FZA-M-127_R11, FZA-M-86 e FZA-M-125_R11, adquiridos pela Total (40%), Petrobras (30%) e bp (30%) na 11ª Rodada de Licitações, em 2013, até que fosse obtido o licenciamento ambiental, processo que está sendo avaliado pelo Ibama.

No caso de ser negada a suspensão dos contratos, a companhia solicitou que o prazo do primeiro período exploratório, que acabaria em maio deste ano, fosse prorrogado por 466 dias, tempo calculado pela empresa para o atraso do licenciamento.

A Total já havia aderido com os mesmos blocos à extensão de nove meses concedida pela agência aos contratos de concessão por conta da pandemia da covid-19.

A ANP negou a suspensão dos contratos, considerando que um novo processo de licenciamento foi iniciado em setembro de 2020, e, portanto, está dentro do previsto. Foi concedido, no entanto, maior prazo para o primeiro período de exploração da área, que enfrenta grande resistência de ambientalistas por ser uma região sensível, não apenas para a fauna, como para corais e manguezais.

O primeiro período exploratório poderá ser estendido até setembro de 2022, informou a ANP. O prazo do segundo período exploratório, programado para maio de 2024, não foi alterado.

Em seu voto, o diretor substituto Marcelo Castilho, destacou a importância da continuidade da exploração da Foz do Amazonas para conhecer melhor a região, visto que vizinho a esses blocos já existem expressivas descobertas feita pela Guiana.

“A Guiana já conta com 18 descobertas que podem mudar a economia daquele país. Nosso potencial é imenso e precisa ser desvendado”, disse Castilho durante a reunião de diretoria que decidiu pela prorrogação.