Economia

Após vista coletiva, Lindbergh convoca nova reunião da MP da TLP para dia 22

Após vista coletiva, Lindbergh convoca nova reunião da MP da TLP para dia 22 Após vista coletiva, Lindbergh convoca nova reunião da MP da TLP para dia 22 Após vista coletiva, Lindbergh convoca nova reunião da MP da TLP para dia 22 Após vista coletiva, Lindbergh convoca nova reunião da MP da TLP para dia 22

Brasília – O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) convocou para a próxima terça-feira, dia 22, às 15 horas, nova reunião da comissão mista da Medida Provisória 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP). A convocação ocorreu nesta quarta-feira, 16, após pedido de vista coletiva na comissão, logo depois de o relator da matéria, deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), concluir a leitura de seu relatório.

A reunião da próxima terça-feira tem como objetivo a votação do relatório de Betinho, que foi favorável à criação da TLP. O problema é que o prazo para aprovação da MP na comissão mista e, posteriormente, nos plenários da Câmara e do Senado é curto. O governo tem até o dia 6 de setembro para conduzir os trâmites da MP e aprová-la. Caso contrário, a medida perderá a validade.

No início da reunião desta quarta da comissão mista, Lindbergh rebateu críticas de que, no encontro marcado para a semana passada, teria promovido manobra para atrasar a tramitação da matéria por uma semana. Na época, Lindbergh encerrou a reunião por falta de quórum.

O deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) aproveitou o fim da reunião desta quarta para criticar o PT que, segundo ele, “escolhe o lado errado” na questão da TLP. “Vocês podem continuar errando e nós vamos continuar acertando”, disse, ao se dirigir a Lindbergh, contrário à nova taxa. “Não vou aceitar provocação”, disse o senador.

O senador Romero Jucá (PMDB-PE), líder do governo, afirmou: “com a TLP vamos trazer para o Congresso a transparência no caso da concessão de subsídios”.

A TLP foi proposta pelo governo para substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que hoje serve de referência para os contratos de financiamento do BNDES. Indexada às NTN-Bs, a TLP terá um custo mais próximo ao do mercado financeiro e, na visão do BC e do restante do governo, permitirá a eliminação de subsídios intrínsecos na TJLP. O resultado seria o fim do impacto sobre o Tesouro, hoje responsável por cobrir os rombos deixados pela TJLP. Para o BC, a TLP também aumentaria a potência da política monetária (Selic).

Os críticos à proposta argumentam que a TLP surge em um momento ruim, em que o País carece de investimentos. Além disso, o setor industrial teme o encarecimento dos empréstimos de longo prazo do BNDES.

Estiveram nesta quarta no plenário 2 do Senado, onde ocorreu a comissão mista da MP 777, quatro diretores do Banco Central: Tiago Couto Berriel (Assuntos Internacionais), Sidnei Corrêa Marques (Organização do Sistema Financeiro), Carlos Viana de Carvalho (Política Econômica) e Otavio Ribeiro Damaso (Regulação).