Economia

Aras mantém posição pela inconstitucionalidade formal de lei de autonomia do BC

Aras mantém posição pela inconstitucionalidade formal de lei de autonomia do BC Aras mantém posição pela inconstitucionalidade formal de lei de autonomia do BC Aras mantém posição pela inconstitucionalidade formal de lei de autonomia do BC Aras mantém posição pela inconstitucionalidade formal de lei de autonomia do BC

Em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, manteve a posição do órgão contra a lei que conferiu maior autonomia ao Banco Central brasileiro. Na manifestação, Aras fez questão de ressaltar que o órgão não analisou as questões de mérito que foram levantadas pelo PT e PSOL, partidos contrários à autonomia da autoridade monetária.

A posição da PGR a favor da suspensão da lei foi baseada numa formalidade do processo legislativo. O entendimento é o de que a autonomia do BC não poderia ser instituída via projeto de lei de autoria do Congresso – como ocorreu no caso -, mas apenas por meio de proposta de iniciativa do Presidente da República. No jargão jurídico, a legislação sofreria de um “vício de inconstitucionalidade formal”, na avaliação da PGR.

“O vício de iniciativa, data venia, se mostra insanável”, disse Aras.

Logo em seguida, o relator da ação, ministro Ricardo Lewandowski, iniciou a leitura de seu voto, e lembrou que sua posição já teria seria pública, já que o julgamento foi iniciado no plenário virtual. Na ocasião, Lewandowski adotou a posição da PGR.

O procurador-geral da República, cuja recondução a mais dois anos no cargo foi aprovada na terça-feira pelo Senado, afirmou que o órgão não se debruçou sobre as questões de fundo apresentadas pelos partidos de oposição ao STF.

Além de apontarem “vício de iniciativa” da lei, o PT e o PSOL defenderam que o Poder Executivo possa ter influência sobre as decisões do Banco Central. “A PGR não adentrou mérito, porque nas questões de fundo suscitadas respeita a autonomia dos poderes, do Legislativo no caso, que disciplinou a matéria e deliberou sobre o tema”, afirmou Aras. “A preocupação da PGR nesse momento se dirige quanto ao aspecto formal”, completou.