Economia

Área econômica defende bloqueio de emendas

Área econômica defende bloqueio de emendas Área econômica defende bloqueio de emendas Área econômica defende bloqueio de emendas Área econômica defende bloqueio de emendas

A área técnica do Ministério da Economia defende que o corte de R$ 30 bilhões nas despesas do Orçamento atinja na mesma proporção as emendas parlamentares. Essa tem sido a prática dos últimos anos e a avaliação é que não há razão para mudanças para não prejudicar ainda mais outras áreas.

Com o corte de despesas, a equipe econômica tem respaldo legal para bloquear até R$ 2,972 bilhões dos cerca de R$ 13,7 bilhões em despesas com emendas parlamentares impositivas, cujo pagamento é obrigatório, segundo a íntegra do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 1º bimestre.

A permissão existe porque, quando há contingenciamento, a lei autoriza que emendas sejam cortadas na mesma proporção que os demais gastos para dividir o esforço fiscal entre todos. Esse porcentual ficou em 21,63%.

As emendas são um dos instrumentos de negociação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional de apoio aos projetos de interesse do governo, como a Previdência.

Do ponto de vista político, a avaliação é de que não dá para “pagar a fatura” agora antes do início de fato das negociações para aprovação da proposta. Esse foi um dos erros do governo Michel Temer, que atendeu a vários pleitos dos parlamentares, mas não conseguiu aprovar a sua proposta de reforma.

Para conseguir cumprir a meta fiscal deste ano, de déficit de R$ 139 bilhões, o Ministério da Economia fez um contingenciamento de R$ 30 bilhões, mas não informou se as emendas ficarão livres da tesourada, como prometeu o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A blindagem das emendas num momento de construção da base aliada do governo Jair Bolsonaro foi um aceno de Onyx para tentar melhorar o ambiente no Congresso Nacional para a aprovação da reforma da Previdência.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, não adiantou se as emendas serão alvo de corte ou ficarão preservadas.

O governo não previu no relatório de avaliação de despesas e receitas recursos como compensação da Lei Kandir (programa que isenta exportações de ICMS) aos Estados. O tema está sendo discutido no âmbito das negociações de um pacote global de ajuda aos Estados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.