Economia

Área técnica da CVM mantém decisão sobre CPFL

Área técnica da CVM mantém decisão sobre CPFL Área técnica da CVM mantém decisão sobre CPFL Área técnica da CVM mantém decisão sobre CPFL Área técnica da CVM mantém decisão sobre CPFL

No relatório encaminhado ao Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a área técnica da autarquia manteve a decisão de elevar o preço da oferta pública de ações da CPFL Renováveis para no mínimo R$ 16,69 (ante R$ 12,20 ofertado pela chinesa State Grid). O assunto deverá ser julgado na reunião do colegiado, possivelmente na próxima semana.

A briga bilionária entre a gigante State Grid e os minoritários da CPFL Renováveis, representados por grandes investidores, como Pátria e BTG, intensificou-se em fevereiro, quando a CVM recusou a oferta da chinesa e sugeriu uma nova faixa de preço. A empresa asiática recorreu da decisão no dia 7 de março e, no dia 21, o processo foi encaminhado ao Colegiado com recomendação para manter a decisão da área técnica. No relatório, ao qual o Estado teve acesso, os técnicos rebatem todas as informações referentes aos cálculos do preço das ações constantes no laudo de avaliação.

Em determinado trecho, a State Grid destaca que os técnicos discordaram das premissas de avaliação, mas que não demonstraram erros técnicos ou inconsistência por parte do avaliador, o que tornariam o relatório inútil. Os técnicos da CVM responderam que o laudo, nesse caso, “não vincula as conclusões da autarquia” sobre a demonstração de cálculo de preço. Ou seja, o órgão não precisa considerar o laudo para sua definição, apesar de o documento ser exigido dentro do processo.

A área técnica concluiu que o laudo não continha premissas razoáveis e, por isso, a decisão foi embasada nas competências do corpo técnico. Em nota à reportagem, semanas atrás, a State Grid afirmou que “cumpriu rigorosamente as normas locais e acompanhou cada passo do processo com transparência, boa fé e respeito com todos os acionistas”. A CPFL Renováveis disse que, por ser “objeto da transação” não iria se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.