Economia

'Não proibimos pagamento via WhatsApp. Houve suspensão', afirma diretor do Banco Central

Em junho, o BC determinou que Visa e Mastercard suspendessem o uso do aplicativo de mensagens para realização de pagamentos e transferências de recursos

‘Não proibimos pagamento via WhatsApp. Houve suspensão’, afirma diretor do Banco Central ‘Não proibimos pagamento via WhatsApp. Houve suspensão’, afirma diretor do Banco Central ‘Não proibimos pagamento via WhatsApp. Houve suspensão’, afirma diretor do Banco Central ‘Não proibimos pagamento via WhatsApp. Houve suspensão’, afirma diretor do Banco Central
Foto: Reprodução/Pexels

O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou nesta segunda-feira, 13, que a autarquia não proibiu a realização de pagamentos via WhatsApp no Brasil, mas sim suspendeu o serviço. Segundo ele, essa suspensão ocorreu para que o BC avaliasse o serviço.

Em 23 de junho, o BC determinou que Visa e Mastercard suspendessem o uso do aplicativo de mensagens para realização de pagamentos e transferências de recursos. Na época, o BC alegou que a decisão buscava “preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato”.

“Por determinação legal, o BC tem obrigação de garantir que soluções de pagamento sejam interoperáveis e neutras”, disse hoje Pinho de Mello. Na prática, isso significa que pagadores e recebedores precisam estar conectados e que todas as instituições financeiras possam participar do sistema com as mesmas condições. “E queremos garantir que seja barato”, acrescentou o diretor.

De acordo com Pinho de Mello, notícias na imprensa deram conta que um número limitado de bancos e bandeiras participariam do mercado de pagamentos via WhatsApp. “(A opção) foi ofertada a todos os bancos?”, questionou.

O diretor afirmou que, caso haja a garantia de que o sistema é aberto, com possibilidade de participação de todas as instituições financeiras, será possível autorizar o sistema. “Os entes regulados, Visa e Mastercard, já colocaram (ao BC) pedido de autorização”, afirmou.

Ele disse ainda que o BC soube pela imprensa que a solução de pagamento para o lojista, via WhatsApp, “iria custar quase 4%”. “O valor chama a atenção”, disse Pinho de Mello. “É porque a solução é mais cara? Porque poucos podem participar?” O diretor do BC reforçou que o serviço está suspenso até que a autarquia possa avaliá-lo.