Economia

BNDES vai detalhar condições de crédito para leilão de aeroportos até sexta

BNDES vai detalhar condições de crédito para leilão de aeroportos até sexta BNDES vai detalhar condições de crédito para leilão de aeroportos até sexta BNDES vai detalhar condições de crédito para leilão de aeroportos até sexta BNDES vai detalhar condições de crédito para leilão de aeroportos até sexta

Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgará até esta sexta-feira, 2, a carta ao mercado com o detalhamento das condições de crédito para os vencedores do leilão de concessão dos aeroportos de Salvador (BA), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), afirmou hoje a diretora de Infraestrutura da instituição de fomento, Marilene Ramos. Os detalhes incluirão regras de governança sobre partes relacionadas, já que construtoras poderão fazer parte dos consórcios.

Na quarta-feira, a secretaria-executiva do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) informou que o leilão dos quatro terminais está marcado para o dia 16 de março. “Em todos os leilões, divulgaremos a carta com condições, detalhando questões específicas. A carta para os aeroportos, pretendemos divulgar até amanhã”, disse Marilene a jornalistas, ao deixar um seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio. Uma das questões específicas é a participação de partes relacionadas nos consórcios. “Como não é proibido que participe do leilão um concessionário que seja também construtor, vamos exigir um certo nível de governança para dar garantia de que isso não afete a concessão”, disse Marilene.

Segundo a diretora do BNDES, as regras são baseadas em aprendizado. “Queremos evitar repetir os mesmos erros. Existem no mundo vários investidores que trazem essa característica, mas com governança adequada você controla o efeito perverso disso e fica só com o lado positivo. Muitas vezes, há um construtor que consegue otimizar custos”, completou.

No lançamento dos projetos incluídos na primeira fase do PPI, em setembro, o BNDES anunciou condições de crédito adaptadas à nova política operacional do banco de fomento, com menos recursos a taxas subsidiadas. Para os aeroportos, a participação máxima do empréstimo do BNDES no valor total do investimento será de 40%.

Marilene informou que a alavancagem poderá ser ampliada por meio da emissão de debêntures de infraestrutura, que recebem incentivo fiscal caso o projeto tenha aval do governo federal. A emissão poderá ser equivalente ao crédito do BNDES, no valor de 40% do total dos investimentos. Caso não haja demanda do mercado pelos títulos, o BNDES poderá ficar com 50% da emissão, desde que feita antes de as obras ficarem prontas. Outros 50% poderão ficar com um consórcio de bancos liderado pelo Banco do Brasil (BB).

“É um financiamento a mercado. Caso não haja interessados, o BNDES ficará com essas debêntures, mas não é o que imaginamos. Esses projetos, depois que ‘performam’, se tornam investimentos muito atrativos para o mercado. Só no setor de energia, temos R$ 6 bilhões de debêntures emitidas de 2012 para cá”, afirmou Marilene.