
Brendo Bremenkamp, líder da Casa do Serralheiro, foi reconhecido na categoria Comércio de Aço e Ferragens de Líder Empresarial 2025.
Fundada em 2010 e sediada em Cariacica, a empresa tornou-se elo estratégico entre grandes usinas e serralheiros, metalúrgicas e pequenas indústrias, crescendo sobre três pilares: valores sólidos, serviço ágil e personalizado e investimento contínuo em tecnologia e processos – o que inclui produção sob medida, otimização de cortes para reduzir perdas e reciclagem integral de sobras.
Em trajetória de expansão (o primeiro ano registrou 529% de crescimento), a companhia hoje mobiliza cerca de 300 pessoas entre colaboradores diretos e indiretos e sustenta uma cultura de mérito, parceria e resultado. Para 2026, o plano é seguir ampliando capacidade e customização do atendimento, com eficiência operacional e compromisso ambiental.

O tema deste ano é “Tradição se renova com excelência”. O que há de tradição, renovação e excelência na sua liderança?
Na minha liderança, como tradição, tenho os valores familiares. Eu sou da família Bremenkamp, que é uma família alemã. Vim de um núcleo que trabalhava com café e banana. São trabalhadores manuais que estão acostumados com o serviço duro. A gente traz como tradição a honestidade, o compromisso, o serviço duro, firme.
A tradição está nos valores, na forma de trabalhar. E a renovação está nas melhorias tecnológicas e estruturais. Então, o que a gente traz é a tradição como base de valores e a renovação como base de melhoria contínua. A excelência vem de não se acomodar; e é esse conjunto que nos move.
O que você preservou do legado da empresa e o que reformulou para elevar o padrão?
A parte mais relevante da Casa do Serralheiro é o relacionamento com o cliente. É isso que a gente preserva no nível mais alto de excelência. Os clientes são aqueles com quem a gente mais se importa. A gente desenha o negócio para que ele os atenda cada vez melhor.
Que prática de gestão virou ritual e ajuda a explicar o reconhecimento?
Trabalho duro. Eu acho que o que as pessoas veem no Brendo e na Casa do Serralheiro é trabalho duro. A gente quer atender com mais personalização o nosso cliente. E eu valorizo muito aqueles que conseguem ajudar a empresa a atender melhor.
Qual risco uma liderança de excelência aceita e qual nunca aceitaria? O que é negociável e o que é inegociável?
O que é negociável é se esforçar para atender melhor o cliente, buscar novos métodos, tentar fazer de formas diferentes. A gente pode errar tentando melhorar; isso faz parte. A gente vai tentando e vai fazendo as melhorias a partir dessas tentativas. O que não é negociável é a mentira, é a falta de honestidade, é o desleixo com o cliente e a quebra de valores éticos e culturais da empresa. Trabalho duro, compromisso, foco no cliente… Isso não é negociável.
Como você forma líderes? Quais critérios e atributos mais incentiva?
Hoje a gente está com aproximadamente 300 colaboradores entre diretos e indiretos e busca líderes que vão trabalhar para desenvolver melhor as pessoas, que vão treinar constantemente e que influenciem pelo exemplo. A gente precisa de líderes que não só falam, mas fazem. Líderes que estão alinhados com os valores da empresa e que entregam experiências melhores para os clientes. Os critérios da gestão são os fundamentos da excelência: cumprir prazos, entregar números, cuidar de pessoas e melhorar a experiência do cliente.
A parte mais relevante da Casa do Serralheiro é o relacionamento com o cliente. É isso que a gente preserva no nível mais alto de excelência. Os clientes são aqueles com quem a gente mais se importa.
Qual o papel da liderança diante de temas atuais como ESG, diversidade e gestão de pessoas?
O aço é um produto 100% reciclável. E como nós produzimos sob medida, nós conseguimos reduzir perdas de material. Nós temos máquinas que otimizam a produção para termos a menor perda possível. E todas as perdas que a gente tem, a gente recicla.
Falando de pessoas, a gente acredita no equilíbrio de gênero, de cor, de idade. A Casa do Serralheiro é uma empresa jovem, mas a gente valoriza também a maturidade. A diversidade ajuda o negócio a ser melhor, porque traz visões diferentes, e isso é essencial para um melhor atendimento dos clientes internos e externos. Então, a gente trabalha em todos os setores com homens, mulheres, gente mais jovem e gente mais madura.
A gente acredita também que ter pessoas em posições diferentes ajuda a construir uma empresa melhor. Essa é uma empresa que foi construída assim do zero e hoje está cm esses valores bem interiorizados.
Por fim, saúde mental e gestão pautada nas pessoas são fundamentais. A gente cuida para ter um ambiente onde as pessoas consigam produzir bem, com respeito. Isso é bom para as pessoas e para o negócio.
Se tivesse que ensinar uma única regra de liderança, qual seria?
A regra maior de liderança que eu poderia citar seria o compromisso com o resultado. As empresas precisam dar resultado. Boas intenções sem gestão de custos viram erros graves. Sem resultado, a gente atrapalha o negócio. A gente não consegue fazer grandes coisas nem fazer a diferença em escala, se a empresa não der resultado. Então, compromisso com o resultado seria a regra de liderança que eu transmitiria.