Economia

Comissão da TLP rejeita destaques apresentados que poderiam mudar texto

Comissão da TLP rejeita destaques apresentados que poderiam mudar texto Comissão da TLP rejeita destaques apresentados que poderiam mudar texto Comissão da TLP rejeita destaques apresentados que poderiam mudar texto Comissão da TLP rejeita destaques apresentados que poderiam mudar texto

Brasília – A comissão mista que analisa a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) rejeitou nesta quarta-feira, 23, todos os destaques (mudanças no texto) apresentados pela oposição. O deputado Afonso Florence (PT-BA) havia feito acordo e retirou seus 17 destaques em troca do compromisso do governo de fazer a votação do relatório de forma nominal.

Mesmo assim, ainda havia destaques propostos pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Mais cedo, o plenário da comissão rejeitou por 17 votos a 5 o requerimento de adiamento da votação.

Neste momento, parlamentares encaminham a votação do parecer do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), que deve ocorrer em instantes.

Apelo

Em suas considerações finais antes da votação da MP, o relator pediu o apoio dos parlamentares à proposta. “Faço um apelo para que aprovem a TLP na forma como está em meu relatório”, disse.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE), que chegou a criticar alguns pontos da nova taxa de juros que balizará empréstimos do BNDES a partir do ano que vem (principalmente o encarecimento do crédito a pequenas e médias empresas), também declarou voto favorável à medida. O senador disse esperar contribuir para a redução do juro estrutural da economia brasileira.

“Não me coloco contra a TJLP, o BNDES ou subsídios. Mas subsídio implícito não passa pelo Congresso Nacional. Se amanhã quisermos definir as linhas de uma política industrial e definir os subsídios, vamos discutir no Congresso”, afirmou Monteiro.

O senador do PTB ponderou que o País precisa de estabilidade macroeconômica, ou a TLP (que acompanhará o custo de captação do Tesouro Nacional) morrerá. “Se convivermos com ambiente de muita volatilidade, ela morrerá”, afirmou.

“Vamos colocar a agenda do spread bancário no centro da discussão, convivemos com spreads pornográficos, que vem sendo praticados pelos próprios bancos públicos, inclusive o BNDES”, argumentou Monteiro.