Economia

Comissão Especial define calendário de audiências, mas não prazo para relatório

Durante a reunião, foram analisados e aprovados mais de cem requerimentos que pediam, em sua maioria, audiências públicas com a equipe econômica

Comissão Especial define calendário de audiências, mas não prazo para relatório Comissão Especial define calendário de audiências, mas não prazo para relatório Comissão Especial define calendário de audiências, mas não prazo para relatório Comissão Especial define calendário de audiências, mas não prazo para relatório
Foto: Divulgação
Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da proposta

A Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência definiu nesta terça-feira (7), um plano de trabalho apresentado pelo relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), que tratou apenas das audiências públicas. O prazo para apresentação do relatório ficou de fora. Mais cedo, antes da reunião, o relator disse que sua meta era apresentar esse prazo na primeira quinzena de junho.

Durante a reunião, foram analisados e aprovados mais de cem requerimentos que pediam, em sua maioria, audiências públicas com a equipe econômica, acadêmicos, representantes de setores da sociedade e categorias trabalhistas. Duas convocações não foram pautadas. Uma delas era ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que já deve comparecer quarta-feira ao colegiado, como convidado. Outra era para o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ramos disse que conversou com os deputados que queriam convocar o deputado licenciado e que a justificativa para a convocação não era pertinente ao tema do colegiado.

A ideia inicial é que sejam realizadas 10 audiências públicas até o fim de maio. A oposição pediu que esse número fosse ampliado. “Nosso plano de trabalho foi entregue. Acho que a questão da desconstitucionalização deve ser encaixada. Estarei à disposição 24 horas por dia e vamos falando sobre aumentar o número de audiências ou não”, disse o relator ao fim da sessão desta terça-feira.

Nesta quarta, Guedes é esperado na sessão agendada para 14h. O coordenador da bancada do PSL na comissão, Alexandre Frota (PSL-RJ), chegou a pedir na reunião que o ministro não seja xingado. O presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PR-AM), acredita que o ambiente será mais favorável. “Acho que ele, entendendo que não é papel dele contrapor politicamente os deputados, isso é papel dos deputados do governo, e que o papel dele é esclarecer o conteúdo da proposta. Se em todos os momentos ele fugir do debate político e se concentrar em explicar a proposta, com a convicção que ele tem sobre ela, acho que a gente consegue levar a audiência tranquila”, disse.

Ramos falou sobre a articulação do governo. “Eu já disse em determinado momento que as falas do presidente atrapalhavam o momento. As últimas falas do presidente ajudam o andamento”, afirmou. Para o presidente da comissão, é preciso que o presidente fale todos os dias da reforma da Previdência e convença cada vez mais pessoas. “Longe de mim querer dizer o que o presidente deve fazer, mas nós estamos pensando no Brasil. O Brasil hoje tem um foco. O foco não é o Olavo de Carvalho, não é porte de arma para caçador, o foco do Brasil hoje é a reforma da Previdência”, disse.