Economia

Confiança da indústria fica estável em janeiro ante dezembro de 2017, revela FGV

Confiança da indústria fica estável em janeiro ante dezembro de 2017, revela FGV Confiança da indústria fica estável em janeiro ante dezembro de 2017, revela FGV Confiança da indústria fica estável em janeiro ante dezembro de 2017, revela FGV Confiança da indústria fica estável em janeiro ante dezembro de 2017, revela FGV

São Paulo – A confiança da indústria medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou em 99,4 pontos em janeiro, estável em relação a dezembro do ano passado, quando havia alcançado o maior nível desde janeiro de 2014 (99,6 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, a confiança manteve a tendência de alta, ao avançar 1,2 ponto, para 98,8 pontos.

A coordenadora da Sondagem da Indústria, Tabi Thuler Santos, explica que a estabilidade em janeiro é resultado de movimentos de melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, piora das expectativas e estabilidade do nível de utilização da capacidade instalada. “Essa combinação mostra que, apesar da evolução favorável dos meses anteriores, o ainda elevado grau de incerteza econômica torna o setor inseguro quanto à velocidade de recuperação da economia nos próximos meses”, avaliou.

Segundo a FGV, mesmo com a estabilidade entre dezembro e janeiro, a maioria dos segmentos da indústria (12 de 19) registrou avanço no período. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,4 pontos, para 100,9 pontos, ultrapassando a barreira entre pessimismo e otimismo (100 pontos) e alcançando o maior nível desde setembro de 2013 (102,4 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,4 pontos, para 98,0 pontos, retornando ao mesmo nível de novembro.

A melhor avaliação dos empresários sobre os estoques foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4%, mas a parcela das que o consideram excessivo caiu em maior proporção, de 9,1% para 8,0% do total.

Já a principal influência para a queda do IE no mês foi das expectativas em relação à evolução do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19,0% para 17,8%, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também ficou estável entre dezembro e janeiro, em 74,7%, o maior desde dezembro de 2015 (75%). Na métrica de médias móveis trimestrais, o Nuci avançou 0,1 ponto porcentual, também para 74,7%.

A edição de janeiro de 2018 coletou informações de 1.089 empresas entre os dias 2 e 25 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria da FGV ocorrerá em 28 de fevereiro de 2018. A prévia deste resultado será divulgada no dia 23 de fevereiro.