Economia

Falta de itens em supermercados atinge maior nível desde outubro de 2014

A porcentagem de vezes chegou a 3,2%, saindo de 2,68% em agosto. As vendas perdidas devido à falta de itens na gôndola atingiram o maior nível desde outubro do ano passado

Falta de itens em supermercados atinge maior nível desde outubro de 2014 Falta de itens em supermercados atinge maior nível desde outubro de 2014 Falta de itens em supermercados atinge maior nível desde outubro de 2014 Falta de itens em supermercados atinge maior nível desde outubro de 2014
De acordo com a pesquisa, em 43,21% dos casos o que gerou a falta de produto nas prateleiras foram problemas logísticos Foto: R7

São Paulo – A falta de produtos nas gôndolas dos supermercados aumentou em setembro deste ano, segundo dados da empresa de monitoramento NeoGrid. A porcentagem de vezes em que o consumidor não encontrou o produto que procurava chegou a 3,2%, saindo de 2,68% em agosto. As vendas perdidas devido à falta de itens na gôndola atingiram o maior nível desde outubro do ano passado.

De acordo com a pesquisa, em 43,21% dos casos o que gerou a falta de produto nas prateleiras foram problemas logísticos. Esse tipo de problema tem sido destacado por empresários do setor como uma consequência de negociações mais demoradas entre varejistas e fornecedores. Isso ocorre diante da dificuldade de negociar preços em meio à forte volatilidade nos custos, provocada entre outras coisas pelo impacto do câmbio.

“O varejo continua receoso, comprando menos, com medo de que a mercadoria fique encalhada na gôndola”, disse em nota Robson Munhoz, diretor de relacionamento, varejo e indústria da NeoGrid.

A maioria dos casos de falta de produto ocorreu, porém, por falha de execução nas lojas. Esses casos foram 56,04% do total, a maior parte deles por diferença no número de produtos que consta no sistema de informações da loja e a quantidade que, fisicamente, está disponível para venda ao consumidor.

O local do Brasil com mais problemas de falta de produtos foi a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde 4,16% dos produtos faltaram nas gôndolas. O segundo pior número foi o da região que combina os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro, com 3,95%. O indicador foi menor no Sul, onde ficou em 2,65%.