Economia

Crescimento da produção de gás deve gerar investimentos bilionários, diz EPE

Crescimento da produção de gás deve gerar investimentos bilionários, diz EPE Crescimento da produção de gás deve gerar investimentos bilionários, diz EPE Crescimento da produção de gás deve gerar investimentos bilionários, diz EPE Crescimento da produção de gás deve gerar investimentos bilionários, diz EPE

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta potencial para a construção de até 16 novos gasodutos nos próximos anos, um investimento bilionário para levar a produção do pré-sal e da Bacia de Sergipe-Alagoas aos principais centros de consumo do País, segundo o diretor de Estudos de Petróleo e Gás e Biocombustíveis, José Mauro Ferreira Coelho.

A projeção faz parte do plano indicativo de gasodutos que será apresentado na Rio Pipeline 2019, amanhã, congresso e feira promovidos pelo Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio.

Os projetos estão em linha com a previsão de que a oferta líquida de gás no País vai passar dos atuais 59 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 147 milhões de m³/d, nas bacias de Campos, Santos e Sergipe-Alagoas – as duas primeiras na região do pré-sal.

A previsão é de construção de três gasodutos de transporte de maior porte – um de ampliação do Gasbol na região Sul do País, outro em Uruguaiana, que poderá interligar o Brasil à Argentina, e outro de São Carlos (SP) até Brasília (DF), para atender, principalmente, ao agronegócio e consumidores de uma fábrica de fertilizantes que começou a ser construída pela Petrobras, mas teve o projeto suspenso.

Apenas esse último projeto, o do gasoduto Brasil Central, deve movimentar cerca de R$ 7 bilhões na construção.

Além das três redes, a EPE avalia a instalação de mais oito trechos interligando regiões de produção e importação e centros consumidores, com demandas específicas. E há ainda cinco projetos de instalação de linhas de escoamento, entre os poços produtores das bacias de Campos e Santos, no pré-sal, de Sergipe-Alagoas e Espírito Santo.

Os gasodutos de escoamento do pré-sal são as rotas 4, 5 e 6. A Petrobras já construiu com sócios as rotas 1 e 2 e está construindo sozinha a rota 3, que levará o gás do campo de Búzios para ser processado no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Cada uma dessas redes de escoamento deve demandar a instalação de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), com custo estimado em R$ 2,3 bilhões cada uma. Na Bacia de Santos, onde está a maior parte do pré-sal, é possível que sejam instaladas duas UPGNS, segundo a EPE.

“O objetivo é dar mais visibilidade ao mercado para oportunidades de investimento”, afirmou o presidente da EPE, Thiago Barral.