Jun 2021
12
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

Jun 2021
12
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

O que significam esses movimentos?

O principal impacto desses movimentos ocorre no bolso dos consumidores. Não à toa, produtos como a carne bovina, que registrou alta acumulada de fevereiro de 2020 ao mesmo mês de 2021 de 29,5%, e a energia elétrica, que saltou 5,37% apenas no mês passado. Ainda, habitação (+1,78%), artigos de residência (+1,25%) e transportes (+1,15%) foram outros grupos de produtos e serviços que chamaram a atenção. Nesse sentido, com a escalada no nível de preços, os brasileiros devem sentir um encurtamento em seus orçamentos.

Por outro lado, enquanto os consumidores sentem na ponta, os produtores são afetados no processo de produção. Isso porque com a alta do dólar, os insumos ficam mais caros, o que leva o repasse aos preços observados pelos compradores. Vale lembrar que a liquidez na economia com as rodadas do antigo e do novo Auxílio Emergencial também entram na conta desse fenômeno.

Em suma, as altas na inflação não estão restritas ao Brasil. Países europeus, como a Inglaterra, e os Estados Unidos também estão atentos a esses mesmos movimentos.

O que esperar ao longo dos próximos meses?

Nesse contexto, os resultados apresentados certamente serão considerados na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na próxima semana. Isso porque o índice ficou acima do centro da meta de inflação para o ano do Banco Central.

Assim, a taxa Selic deverá ser um dos principais pontos focais nos próximos dias, dada a sua importância para política monetária, que visa manter a estabilidade da moeda e dos níveis de preços. Hoje, ela está na marca de 3,5% e o mercado espera que, após a próxima reunião, o Copom eleve-a para 4,25% ao ano.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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