Economia

Desestatização da Lotex está prevista para 2018, diz Ministério da Fazenda

A expectativa anterior era de que a concessão da chamada "raspadinha" fosse feita ainda em 2017

Desestatização da Lotex está prevista para 2018, diz Ministério da Fazenda Desestatização da Lotex está prevista para 2018, diz Ministério da Fazenda Desestatização da Lotex está prevista para 2018, diz Ministério da Fazenda Desestatização da Lotex está prevista para 2018, diz Ministério da Fazenda

Brasília – O Ministério da Fazenda prevê a venda da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) apenas em 2018, de acordo com o Boletim de Acompanhamento do Mercado de Loterias publicado nesta segunda-feira (10). Anteriormente, havia expectativa de que a concessão da chamada “raspadinha” fosse feita ainda em 2017, para reforçar o caixa do governo.

“É importante dar publicidade ao mercado lotérico, mormente com o processo em curso de desestatização da Lotex, cuja implantação no Brasil, prevista para o próximo ano, deverá trazer substanciais incrementos nos repasses sociais das loterias”, afirma o documento.

Segundo o boletim, a arrecadação total das loterias federais alcançou R$ 3,45 bilhões no segundo trimestre de 2017, uma alta real de 6% em relação ao mesmo período de 2016. O valor corresponde a 0,21% do PIB. O documento ressalta que, na comparação com o segundo trimestre de 2014, há aumento de 17,8%.

No primeiro semestre deste ano, o total arrecadado foi de R$ 6,1 bilhões, alta real de 1,7% sobre igual período de 2016. “Esta recuperação real na arrecadação semestral das loterias federais pode ser reflexo de uma possível recuperação na economia brasileira, neste primeiro semestre”, acrescenta o documento. Com o aumento da arrecadação, houve crescimento de 4% nos repasses para programas sociais, que somaram R$ 1,31 bilhão no segundo trimestre.

De acordo com o balanço, 99% da arrecadação vem da loteria de sorteio de números. Mega Sena, Lotofácil e Quina concentram mais de 85% da arrecadação. Apenas 0,8% do montante recolhido veio da loteria de prognósticos esportivos no 2º trimestre, como Loteca e Lotogol. A participação das loterias esportivas vem caindo – era 1,2% em 2014 e 1,1% no mesmo período do ano passado.

“Essa reduzida participação na arrecadação total contrasta com a exploração dessa modalidade ao redor do mundo (gira em torno de 7% do faturamento total com loteria, segundo a World Lottery Association). Considerando também o fato de o futebol possuir um forte apelo popular no Brasil e este ser a base para essa modalidade de loteria, esperar-se-ia maior participação da modalidade “Loteria de Prognósticos Esportivos” no Brasil”, afirma o documento.

Como noticiou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em abril, a intenção do governo federal é criar uma loteria de apostas esportivas para privatização e a avaliação é que há mercado para o crescimento desse tipo de apostas.