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Economia diz que decreto de redução de IPI preserva Zona Franca de Manaus

Economia diz que decreto de redução de IPI preserva Zona Franca de Manaus Economia diz que decreto de redução de IPI preserva Zona Franca de Manaus Economia diz que decreto de redução de IPI preserva Zona Franca de Manaus Economia diz que decreto de redução de IPI preserva Zona Franca de Manaus

O Ministério da Economia afirmou neste sábado, 30, que o novo decreto que confirma a redução de 35% no Imposto sobre Produtos Industrializados da maioria dos produtos fabricados no País preserva a competitividade dos itens produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM). De acordo com a pasta, o texto endereça um tratamento específico para preservar “praticamente toda a produção efetiva da ZFM”, levando em consideração os Processos Produtivos Básicos. O decreto, contudo, já provocou reação na indústria de Manaus.

Após a publicação do corte, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) declarou que, “em análise superficial”, identificou pontos que podem trazer prejuízos a alguns segmentos do Polo Industrial de Manaus.

Como mostrou o Broadcast, o governo optou pelo novo decreto para tentar resolver um imbróglio jurídico e político envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). Em fevereiro, o Executivo fez uma primeira redução de 25% no IPI, valendo para todos os produtos, com exceção de cigarros. Representantes e políticos ligados à ZFM reclamaram que, como os produtos feitos no local são livres do imposto, houve perda de competitividade ao reduzir a tributação no restante do País.

Em abril, o governo ampliou em mais 10% o corte, deixando de fora da redução adicional produtos que são feitos também na Zona Franca. Em maio, no entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu o segundo decreto, atendendo um pedido do Solidariedade. Na ação, o partido argumentou que a redução afetaria o desenvolvimento da região e a preservação ambiental.

O Ministério da Economia alega que o novo decreto cumpre a decisão de Moraes de preservar a competitividade dos produtos produzidos na ZFM. Na região são fabricados eletrodomésticos, veículos, motocicletas, bicicletas, TVs, celulares, aparelhos de ar-condicionado, computadores, entre outros produtos.

“Sobre o atual decreto em vigor, em análise superficial, identificamos pontos que podem trazer prejuízos a alguns segmentos do Polo Industrial de Manaus”, disse o Cieam, que pediu às equipes técnicas que assessoram a entidade para realizarem uma análise mais aprofundada do decreto. Portanto, procurado, o Cieam ainda não detalhou quais são os pontos do novo decreto que causaram preocupação. “Finalmente, parece-nos que, até que haja nova manifestação do STF, está mantida a Cautelar que preserva o Polo Industrial de Manaus”, completou a entidade.