Economia

Elevação constante no dólar causa impacto no bolso do capixaba na hora de comprar

O bolso dói na hora de comprar produtos importados, como castanhas, azeites, vinhos, shampoos e a farinha de trigo. A única forma de escapar do repasse é trocar de produto

Elevação constante no dólar causa impacto no bolso do capixaba na hora de comprar Elevação constante no dólar causa impacto no bolso do capixaba na hora de comprar Elevação constante no dólar causa impacto no bolso do capixaba na hora de comprar Elevação constante no dólar causa impacto no bolso do capixaba na hora de comprar
Dólar comercial subiu 30% em 12 meses e prejudicou compras dos capixabas Foto: Reprodução

O capixaba está sentindo no bolso os impactos causados pela crise econômica brasileira, com o aumento da inflação e consequente perda do poder de compra. Para agravar ainda mais essa situação, a constante elevação do valor do dólar ante o real está elevando ainda mais o preço de parte dos produtos, da higiene pessoal à alimentação.

Com quatro altas consecutivas registradas nesta terça-feira (4), nos últimos 12 meses, a moeda norte-americana teve uma variação de mais de 50%, na modalidade ‘turismo’ – que age sobre as trocas de moedas para viagens internacionais –; já o dólar comercial, usado por grandes empresas na hora de fechar contratos de importação e exportação, subiu cerca de 30%, alta que é sentida pela população principalmente na hora de sair as comprar aqui no supermercado.

Segundo o gerente de câmbio Henrique Ferraço, esse aumento é sentido com mais intensidade aqui no espírito santo do que nos outros estados brasileiros. “Observando os mercados de outros estados, percebemos que a economia do Espírito Santo é mais dependente de empresas que realizam negócios internacionais”, afirmou.

O bolso dói na hora de comprar produtos importados, como castanhas, azeites, frutas cristalizadas, vinhos, shampoos e a farinha de trigo. A única forma de escapar do repasse do valor mais alto do dólar, de acordo com o economista José Márcio de Barros, é trocar de produto. “Se for algo supérfluo, a solução é parar de comprar; mas se fizer questão, o consumidor deve comprar um produto semelhante, de qualidade inferior”, sentenciou.