Economia

Endividamento dos paulistanos registra queda em julho

Endividamento dos paulistanos registra queda em julho Endividamento dos paulistanos registra queda em julho Endividamento dos paulistanos registra queda em julho Endividamento dos paulistanos registra queda em julho

São Paulo – A proporção de paulistanos endividados caiu para 53,3% em julho, de 54% em junho, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em julho do ano passado, o índice estava em 50%. Em números absolutos, a capital paulista tem 1,936 milhão de famílias endividadas.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o consumidor está cada vez mais cauteloso e tem dado prioridade ao gasto com bens essenciais, o que ajuda a explicar a queda no endividamento nos últimos dois meses, após fortes altas entre março e maio. Já a alta na comparação com julho de 2014 é justificada pela inflação elevada, o aumento nos juros e a deterioração do mercado de trabalho.

O principal tipo de dívida é o cartão de crédito, utilizado por 70,4% das famílias analisadas. Em seguida, estão financiamento de carro (18,9%), carnês (16,3%), financiamento de casa (12,6%), crédito pessoal (11,8%) e cheque especial (7,7%). Na comparação entre junho e julho, houve alta expressiva nos itens de carnês e financiamento de carro, ao subirem 2,1 pontos porcentuais e 1,4 ponto, respectivamente.

O endividamento é menor entre famílias com renda superior a dez salários mínimos, que passou para 42,8% em julho, de 41,5% em junho. Nas famílias com renda inferior a dez salários mínimos, o índice caiu para 57%, de 58,3%. Do total de endividados, 51,1% têm entre 11% a 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 23,2% dos consumidores, o comprometimento é menor que 10%, enquanto para 21,9% as dívidas superam 50% da renda total.

Das famílias endividadas da capital paulista, 14,5% estavam inadimplentes em julho, ou seja, possuíam contas em atraso. Em junho, esse nível era de 15,2%, enquanto em julho do ano passado estava em 13,5%. Em números absolutos, são 521 mil famílias nessa situação. Mais uma vez, a ocorrência de atraso é maior entre as famílias de renda mais baixa. Para as que ganham até dez salários mínimos, esse porcentual é de 18,2%, enquanto para as que ganham acima desse nível é de 5,9%.

Ainda de acordo com a FecomercioSP, 5,6% dos entrevistados acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês, o que aponta para um crescimento em relação à taxa apresentada em julho de 2014 (4,9%).