Economia

Há grande interesse do setor privado em investir no País, diz ministro dos Portos

Há grande interesse do setor privado em investir no País, diz ministro dos Portos Há grande interesse do setor privado em investir no País, diz ministro dos Portos Há grande interesse do setor privado em investir no País, diz ministro dos Portos Há grande interesse do setor privado em investir no País, diz ministro dos Portos

São Paulo – O ministro da secretaria de Portos, Edinho Araújo, disse nesta sexta-feira, 14, que o recebimento de 35 propostas de 11 empresas, anunciado ontem, para estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental em arrendamentos portuários em seis áreas a serem licitadas é uma demonstração do “elevado interesse” do setor privado em investir no Brasil e nos portos do País.

“Acredito que o Brasil é maior do que as crises e que os momentos de dificuldades são também de oportunidades”, disse Edinho, em palestra na Associação Comercial de São Paulo. “A parceria com o setor privado agregará os investimentos necessários à modernização e eficiência das operações portuárias, baixando o custo Brasil”, completou o ministro.

Ontem, a secretaria divulgou que as 11 empresas apresentaram as propostas para as áreas que vão compor o chamado Bloco 2 das licitações de portos previstas no plano de investimentos em logística anunciado pela presidente Dilma Rousseff em junho. Inicialmente, a previsão é que o Bloco 2 seja licitado no ano que vem, com investimentos de R$ 1,3 bilhão.

O governo vai selecionar um estudo de cada área para embasar a elaboração dos editais de licitação, no chamado Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Se tudo ocorrer dentro do cronograma, o leilão será no primeiro semestre de 2016. Apesar de ser ainda a fase de estudos, o ministro vê a apresentação de propostas como um termômetro do interesse de empresas privadas pelos arrendamentos.

Os estudos apresentados nesta quinta-feira dizem respeito a duas áreas no porto de Santos (SP), duas em Suape (PE), uma em São Francisco do Sul (SC) e outra no porto do Rio de Janeiro. Em Santos, uma área fica na região chamada Conceiçãozinha e se destina à movimentação de grãos e outra fica na Ilha Barnabé, para granéis líquidos.

Na primeira edição do Programa de Investimentos em Logística (PIL), o governo não conseguiu leiloar nenhuma área em porto público. O processo ficou parado por mais de um ano no Tribunal de Contas da União (TCU). Nessa segunda edição do programa, a previsão é leiloar 50 arrendamentos, com investimentos estimados em R$ 11,9 bilhões.

A autorização do TCU para seguir com os leilões saiu este ano, mas o processo voltou a parar em junho passado, porque o governo decidiu mudar o critério de escolha do vencedor nos leilões já para o Bloco 1. Originalmente, venceria quem se comprometesse com maior movimentação de carga ou menor tarifa. Mas, no PIL 2, a opção foi pela cobrança de uma taxa outorga. Vence quem pagar mais para obter a concessão.

Por causa dessa alteração, o governo fez nova consulta ao TCU, para saber se os estudos já examinados pela corte de contas – ainda referentes ao Bloco 1 – precisariam ser refeitos. A resposta ainda não foi dada.