Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Fábio Pimenta, cirurgião plástico e médico do exercício, professor titular da UVV e do Instituto Paciléo em SP, membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Empreendedorismo e Gestão de 2025 do IBEF-ES.

O aumento da expectativa de vida, associado à aceleração tecnológica e às novas demandas do ambiente corporativo, exige que lideranças e profissionais adotem uma postura ativa em relação à própria saúde.

Nesse contexto, o IBEF-ES lança a diretoria de Esporte e Saúde, com o propósito de promover conhecimento qualificado, educação continuada e ações preventivas que contribuam para uma vida mais longa, produtiva e com alta performance.

A longevidade saudável ou funcional não é um evento espontâneo, ela depende de escolhas consistentes, monitorização contínua e acesso à informação baseada em evidências.

Por isso, checagens inteligentes tornam-se fundamentais. Mais do que exames tradicionais, a visão moderna de prevenção inclui avaliação metabolômica, marcadores inflamatórios, composição corporal, avaliação cardiopulmonar do exercício e fatores de risco silenciosos que impactam diretamente produtividade, bem-estar e tomada de decisão.

A literatura recente mostra que ferramentas como o Metabolomic Aging Score permitem prever risco de mortalidade, fragilidade e adoecimento com maior precisão, possibilitando intervenções precoces e individualizadas.

Envelhecer de forma ativa na atualidade vai além da atenção especial à saúde cardiovascular. Hoje, a aptidão cardiorespiratória (VO₂) é reconhecida como a maior determinante de longevidade funcional.

Investir em VO₂ adequado, força muscular, controle de pressão arterial, qualidade do sono e gestão do estresse não apenas previne doenças, mas aumenta energia, resiliência mental e capacidade de liderança.

Esses pilares são essenciais para gestores que enfrentam longas jornadas, pressão decisória e responsabilidades crescentes.

Outro ponto central é o planejamento de uma vida longa e produtiva. As trajetórias profissionais estão se estendendo, e a sociedade já reconhece que envelhecer trabalhando é um cenário real para a maior parte da população economicamente ativa.

Isso exige políticas corporativas inteligentes, programas de promoção de saúde, de renda passiva e educação continuada.

A saúde masculina e feminina também apresenta especificidades que precisam ser reconhecidas no ambiente corporativo. Homens ainda são maioria nos altos cargos, mas apresentam menor adesão a check-ups e maior incidência de doenças cardiovasculares e metabólicas.

Já mulheres, além do desafio da dupla jornada, enfrentam fases biológicas como climatério e menopausa, que afetam desempenho cognitivo, humor e saúde óssea.

O olhar moderno não individualiza essas questões, pelo contrário, ele integra, acolhe e oferece caminhos práticos de prevenção e acompanhamento.

O IBEF-ES assume, assim, uma responsabilidade social ampliada: compreender que a saúde dos seus associados e da sociedade capixaba está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico, à prosperidade das empresas e à sustentabilidade das lideranças.

A nova diretoria de Esportes e Saúde nasce para servir, educar, orientar e transformar, afinal, cuidar das pessoas é cuidar do futuro.

Referências

Nature Communications. Metabolomic Aging Score. DOI: 10.1038/s41467-024-52310-9
Cell Metabolism. Lifestyle interventions and metabolic health. DOI: 10.1016/j.cmet.2021.07.017
Journal of Gerontology. Aging trajectories and biomarkers. DOI: 10.1093/gerona/glaa104
Cell. Inflammaging and healthy aging. DOI: 10.1016/j.cell.2020.05.019

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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