Economia

Indústria de SP interrompe 32 meses de queda de produção, mas não muda tendência

Indústria de SP interrompe 32 meses de queda de produção, mas não muda tendência Indústria de SP interrompe 32 meses de queda de produção, mas não muda tendência Indústria de SP interrompe 32 meses de queda de produção, mas não muda tendência Indústria de SP interrompe 32 meses de queda de produção, mas não muda tendência

Rio – A alta de 1,3% na produção industrial de São Paulo em novembro de 2016 ante novembro de 2015 foi o primeiro avanço, na comparação de um mês com igual período do ano anterior, após 32 meses de queda, mostram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, faltam dados para sustentar a percepção de uma estabilização na crise do setor industrial.

Segundo o pesquisador, contribuem para a análise pessimista o fato de a alta de 0,2% na produção industrial nacional, na passagem de outubro para novembro, ter ocorrido em apenas cinco dos 14 locais pesquisados e, ainda por cima, em setores pontuais. O destaque foi a indústria automobilística, como os dados na produção industrial nacional já haviam apontado semana passada.

A produção industrial nacional subiu em novembro puxada por Estados importantes, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Em todos os casos, principalmente nos dois primeiros, a indústria automobilística puxou o movimento. “Embora o resultado tenha sido positivo em novembro, não elimina perdas passadas nem reverte a tendência. É um resultado mais pontual, concentrado em poucos segmentos”, disse Macedo.

O pesquisador do IBGE chamou a atenção para as bases de comparação. A alta de 1,6% na produção industrial de São Paulo em novembro sobre outubro veio em seguida de uma queda de 2,4% em outubro sobre setembro. Já a alta de 1,3% ante novembro de 2015 se compara com um tombo de 13,3% naquele mês sobre novembro de 2014. Em Minas, a alta de 5,9% em novembro sobre outubro seguiu-se a uma queda de 7,9% no mês anterior.

Quando se olha para os resultados no acumulado de 2016 até novembro ou no acumulado em 12 meses, o desempenho negativo da indústria é disseminado, tanto regionalmente quanto entre setores, destacou Macedo.

O único local com resultado positivo é o Pará (9,3% no ano e 8,5% em 12 meses), também por causa de um movimento pontual, no na indústria extrativa mineral, especialmente a extração de minério de ferro. De acordo com Macedo, os indicadores do IBGE de novembro já captaram a entrada em operação do projeto S11D, da Vale, que expandiu a mina de Carajás, no sudeste do Pará.