Economia

Indústria não consegue absorver aumento no preço do algodão, diz Abit

Indústria não consegue absorver aumento no preço do algodão, diz Abit Indústria não consegue absorver aumento no preço do algodão, diz Abit Indústria não consegue absorver aumento no preço do algodão, diz Abit Indústria não consegue absorver aumento no preço do algodão, diz Abit

A Abit, entidade que representa as fábricas de vestuário e produtos têxteis em geral, relatou nesta quarta-feira que, diante da escalada nos preços de insumos e frete, a pressão de custos segue muito forte na cadeia de produção. Ao apresentar o cenário traçado pela associação para o ano, o presidente da Abit, Fernando Pimentel, adiantou que o setor não tem capacidade de absorver o aumento dos preços do algodão sem repasses ao consumidor.

A saída das empresas para atenuar o impacto nos preços finais, contou Pimentel, tem sido trabalhar o mix de fibras dos tecidos, combinando o algodão com outros insumos que subiram menos. “Não há expectativa de arrefecimento desse aumento de custo no curto prazo”, disse o presidente da Abit.

Ele ponderou que, apesar de a oferta de materiais apresentar neste momento sinais de aperto por conta da nova onda da pandemia no mundo, a tendência é de normalização gradual no abastecimento de insumos ao longo do ano. “A pandemia pode seguir gerando rupturas nas cadeias, mas o horizonte à frente é mais favorável.”

Os preços, no entanto, seguem elevados, não apenas porque as commodities voltaram a subir a máximas históricas, mas também pelo transporte mais caro dos materiais, o que afeta, em especial, a indústria de tecidos sintéticos, mais dependente das importações.

De acordo com Pimentel, o preço do frete, que antes da pandemia girava ao redor de US$ 1,5 mil a US$ 2 mil, chegou a bater em US$ 15 mil no ano passado. Ao mesmo tempo, as empresas tiveram dificuldade para encontrar navios e contêineres na logística das cargas.