Economia

Líder do governo articula para que PL da desoneração vá direto ao plenário do Senado

Líder do governo articula para que PL da desoneração vá direto ao plenário do Senado Líder do governo articula para que PL da desoneração vá direto ao plenário do Senado Líder do governo articula para que PL da desoneração vá direto ao plenário do Senado Líder do governo articula para que PL da desoneração vá direto ao plenário do Senado

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), tem trabalhado para que o projeto de lei da desoneração vá direto ao plenário do Senado e não tenha que passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast Político, o assunto deve ser levado à reunião de líderes prevista para esta quinta-feira, 14. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pretende ouvir a opinião dos líderes a respeito do pedido de Randolfe para tomar uma decisão.

A Câmara dos Deputados aprovou, durante a votação do PL da desoneração, um dispositivo que reduz a alíquota da contribuição previdenciária para todos os municípios brasileiros. O Senado havia estipulado que essa redução seria apenas para municípios de menos de 142,6 mil habitantes. O texto voltou para análise dos senadores.

O impacto da medida aprovada na Câmara seria em torno de R$ 7 bilhões, aproximadamente R$ 4 bilhões a menos do que o texto do Senado, segundo estimativas da Confederação Nacional do Municípios (CNM), porque a redução proposta é com alíquotas progressivas, que variam de acordo com o PIB per capita de cada cidade. Como o impacto é menor, havia a expectativa de que o texto tivesse maior facilidade de ser aprovado pelo governo. No entanto, a própria constitucionalidade da medida está em discussão.

A bancada da Bahia é uma das pontas resistentes a abrir mão da medida. De acordo com a CNM, a questão da previdência é uma pauta relevante para municípios do Estado. De R$ 200 bilhões de dívida previdenciária, mais de R$ 40 bilhões são da Bahia, segundo cálculos da entidade. A proposta foi, inclusive, sugerida por parlamentares do Estado, incluindo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT). Em 2021, ele propôs um projeto de lei nos mesmos moldes da emenda aprovada na Câmara.

Pessoas a par do assunto afirmam que a tendência é que o trecho aprovado na Câmara seja mantido no Senado. A solução, então, seria o governo vetar esse trecho, com o compromisso de apresentar aos prefeitos outras alternativas com impacto fiscal.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo discute a possibilidade de garantir aos municípios um parcelamento de dívidas da previdência, com retirada do pagamento de juros e multas, em uma espécie de “Refis”.