Economia

Líder do MDB quer reverter 'prejuízo ao consumidor' em projeto sobre distrato

Líder do MDB quer reverter ‘prejuízo ao consumidor’ em projeto sobre distrato Líder do MDB quer reverter ‘prejuízo ao consumidor’ em projeto sobre distrato Líder do MDB quer reverter ‘prejuízo ao consumidor’ em projeto sobre distrato Líder do MDB quer reverter ‘prejuízo ao consumidor’ em projeto sobre distrato

A líder do MDB no Senado, senadora Simone Tebet (MS), disse que tentará reverter “parte do prejuízo” causada com a aprovação do texto-base do projeto que define regras para a desistência da compra de imóveis na planta, o chamado distrato imobiliário. “Votei contra o ‘presente de grego’ que prevê multa de até 50% para o consumidor que desistir da compra de imóvel e não define mesma pena para incorporadora que não entregar no prazo”, disse. “Hoje tentaremos reverter parte do prejuízo aprovando minhas emendas que visam reequilibrar o projeto”, acrescentou Simone Tebet, referindo-se ao PLC 68/2018, que trata da rescisão do contrato de compra de lotes e imóveis na planta.

O texto básico da matéria foi aprovado na terça-feira, 20, pelo Senado, mas os parlamentares voltarão a se reunir nesta quarta-feira para analisar as emendas ao projeto e concluir a votação. A proposta deverá ainda voltar para análise da Câmara.

Polêmico, o projeto chegou a ser rejeitado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado em julho, porém um recurso foi apresentado para que houvesse nova apreciação.

O texto prevê multas de até 50% sobre o valor pago pelo consumidor em caso de rescisão do negócio, porcentual considerado alto por representantes de interesses dos consumidores, uma vez que, atualmente, a jurisprudência dos tribunais determina uma retenção em torno de 10% a 25%. Pelo projeto, as construtoras estarão livres de multas nos casos de até seis meses de atraso para a entrega do empreendimento e só depois desse prazo a pessoa que desistir da compra receberá o valor de volta.

Entre os parlamentares que apoiam a proposta, existe a visão de que o distrato pode contribuir para destravar o mercado imobiliário, em crise nos últimos anos e, assim, melhorar o ambiente econômico do País.