Economia

Linhão de Belo Monte aguarda aval de comunidade quilombola para operar

Linhão de Belo Monte aguarda aval de comunidade quilombola para operar Linhão de Belo Monte aguarda aval de comunidade quilombola para operar Linhão de Belo Monte aguarda aval de comunidade quilombola para operar Linhão de Belo Monte aguarda aval de comunidade quilombola para operar

Brasília – A linha de transmissão da hidrelétrica Belo Monte aguarda uma posição final da comunidade quilombola de Pombal, localizada no município de Santa Rita do Novo Destino, em Goiás, para obter a licença de operação do Ibama.

A expectativa da concessionária BMTE, dona da linha de 2.076 quilômetros de extensão que vai distribuir a energia da usina do Pará para a região Sudeste, era obter a licença até esta sexta-feira, dia 1º de dezembro. Um parecer técnico do Ibama já sinalizou a viabilidade da licença, mas condicionou sua publicação pela presidência do órgão ao perecer conclusivo da Fundação Palmares, órgão federal responsável pelas comunidades quilombolas.

A comunidade de Pombal está localizada a cerca de oito quilômetros do local cortado pela rede de transmissão da BMTE, há 225 km de Brasília. Nesta quinta-feira, 30, é feriado no Distrito Federal, em razão do Dia do Evangélico, e a Fundação Palmares não está funcionando.

A malha de transmissão está pronta e já foi testada, mas depende da licença de operação para funcionar. O cronograma do governo e da concessionária é acionar a linha no dia 12 de dezembro, antecipando em dois meses o cronograma original previsto em contrato. Uma cerimônia de inauguração já foi marcada para o dia 21 de dezembro.

Pelas regras do licenciamento, o Ibama não precisa esperar um parecer conclusivo da Fundação Palmares para liberar sua licença, uma vez que o órgão interveniente não tem poder de impedir a autorização, condição também aplicada a órgão como Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Ibama, no entanto, tem se orientado por aguardar o posicionamento final desses órgãos, para só depois apresentar sua decisão, a fim de evitar conflitos no processo.

A linha de transmissão, que custou cerca de R$ 5 bilhões, tem início no município de Anapu, no Pará, a 17 quilômetros de distância da usina, e corta 65 municípios de quatro Estados – Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais -, até chegar ao município de Estreito, na divisa de Minas e São Paulo.