Luiz Rigoni, diretor-presidente da Móveis Rimo. Foto: Foto: Móveis Rimo/Divulgação
Luiz Rigoni, diretor-presidente da Móveis Rimo. Foto: Foto: Móveis Rimo/Divulgação

Luiz Rigoni, diretor-presidente da Móveis Rimo, foi reconhecido na categoria Indústria Moveleira de Líder Empresarial 2025. Fundada em 1989, em Linhares (ES), a Rimo opera hoje com 20 mil m² de área construída em um terreno de 47,6 mil m², emprega mais de 300 colaboradores e produz mais de 300 mil itens por ano, com parque fabril de tecnologia alemã e italiana.

A empresa consolidou posição entre as maiores do país ao combinar valores de origem, gestão moderna e processos integrados, numa cultura de acompanhamento de perto e melhoria contínua que reforça competitividade e qualidade.

Sede da Móveis Rimo, em Linhares. Foto: Móveis Rimo/Divulgação

O tema deste ano é “Tradição se renova com excelência”. O que há de tradição, renovação e excelência na sua liderança?

Na minha liderança, a tradição está nos valores que a Móveis Rimo sempre carregou: seriedade, responsabilidade e respeito por quem faz a empresa acontecer. Isso nunca mudou. A renovação acontece quando pegamos esses valores e aplicamos em uma gestão moderna, aberta a tecnologias, novas práticas e melhorias contínuas. Sempre acredito que dá para fazer melhor, e isso move a empresa. A excelência é consequência dos dois. É manter aquilo que funciona, modernizar o que precisa evoluir e garantir que o resultado final sempre esteja acima do padrão esperado.

O que você preservou do legado da empresa e o que reformulou ao longo do tempo para elevar o padrão?

Preservei o compromisso com qualidade e o cuidado com o cliente, isso sempre foi marca da Rimo. Também mantive o respeito com os colaboradores, algo que faz parte da essência da empresa desde o início. O que reformulei foi a forma de olhar para processos e gestão. Hoje trabalhamos de maneira mais integrada, com mais tecnologia, mais controle, mais planejamento. Modernizar estrutura, métodos e mentalidade foi fundamental para elevar o padrão e manter a empresa competitiva.

Que prática de gestão virou um ritual dentro da empresa?

Virou ritual acompanhar de perto. Eu faço questão de estar presente, ouvir gestores e equipes, entender rotinas e desafios. Essa aproximação constante se tornou parte da nossa cultura. Outro ritual é a melhoria contínua. Não esperamos problemas aparecerem; estamos sempre revisando processos, metas e estratégias. É isso que mantém a empresa em movimento.

Qual risco uma liderança de excelência aceita e qual nunca aceitaria?

Aceito o risco de mudar, de investir, testar novos caminhos, modernizar. Esse tipo de risco faz a empresa crescer. O risco que nunca aceito é o que compromete nossos valores ou a qualidade do que entregamos. Isso não é negociável. Na minha gestão, podemos negociar processos, prazos e caminhos. O que não se negocia é ética, respeito e compromisso com o cliente.

Como você forma líderes abaixo de você? Quais atributos mais incentiva?

Formo líderes dando autonomia com responsabilidade. A liderança cresce quando é desafiada, quando tem espaço para decidir e aprender. Os atributos que mais incentivo são visão de futuro, respeito pelas pessoas, capacidade de ouvir, senso de dono e compromisso com resultado. Liderança para mim não é título, é atitude.

A excelência é manter aquilo que funciona, modernizar o que precisa evoluir e garantir que o resultado final sempre esteja acima do padrão esperado.

Qual o papel da liderança frente a temas atuais como ESG, diversidade e saúde mental?

O papel da liderança é orientar com clareza. ESG, diversidade e saúde mental fazem parte da realidade das empresas e precisam ser conduzidos com equilíbrio. No ESG, cabe ao líder integrar práticas responsáveis ao dia a dia, sem perder eficiência. Na diversidade, garantir um ambiente profissional e respeitoso. Em saúde mental, organizar o trabalho de forma sustentável e humana.

Conduzir esses temas é manter presença, dar exemplo e tomar decisões consistentes. Quando a liderança age com clareza e responsabilidade, a empresa e as pessoas seguem no mesmo caminho.

Se você pudesse ensinar apenas uma regra de liderança, qual seria?

A regra é simples: seja coerente. A equipe segue quem tem firmeza, clareza e respeito nas decisões. Coerência constrói confiança, e sem confiança não existe liderança.