Economia

Mesmo com reforma fora da pauta, metalúrgicos do ABC mantêm greve na segunda

Mesmo com reforma fora da pauta, metalúrgicos do ABC mantêm greve na segunda Mesmo com reforma fora da pauta, metalúrgicos do ABC mantêm greve na segunda Mesmo com reforma fora da pauta, metalúrgicos do ABC mantêm greve na segunda Mesmo com reforma fora da pauta, metalúrgicos do ABC mantêm greve na segunda

São Paulo – Mesmo após a retirada da PEC da reforma da Previdência da pauta da Câmara da próxima semana – medida obrigatória, após o decreto de intervenção no Rio de Janeiro -, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC decidiu manter a greve da categoria marcada para a próxima segunda-feira, 19.

A paralisação foi aprovada pela categoria no dia 7 de fevereiro, assim que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, definiu o dia 19 para o início das discussões do texto da reforma, com votação prevista a partir do dia 20.

Nesta sexta-feira, 16, porém, um assessor da Casa Civil entregou na Câmara dos Deputados a mensagem presidencial informando da publicação do decreto de intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Com isso, o decreto passa a tramitar oficialmente na Câmara e a PEC da reforma previdenciária precisou ser retirada da pauta. A Constituição não pode ser emendada na vigência de uma intervenção federal.

Segundo os metalúrgicos do ABC, o “risco da reforma persiste” e a mobilização se mantém, principalmente após o presidente Michel Temer afirmar que, quando a reforma da Previdência estiver pronta para ser votada no Congresso, ele pretende cessar a intervenção.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, a orientação é “para os trabalhadores não irem às fábricas na próxima segunda-feira”. “Vamos mostrar a resistência da classe trabalhadora e impedir a aprovação dessa reforma”, afirmou o dirigente sindical. “Temos de dar o recado de que essa proposta não interessa aos trabalhadores e não pode ser feita por um governo sem nenhuma legitimidade. Não vamos permitir esse desmonte”, acrescentou.

CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também emitiu uma nota mantendo a mobilização pelo País. “A nossa luta é para enterrar de vez a reforma”, afirma, em nota, o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Ônibus e Metrô

Já para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, a decisão do governo de intervir no Rio de Janeiro, tirando a reforma da pauta da Câmara, desmobiliza os trabalhadores. “Eu acho que (a reforma da Previdência) já era. Agora o movimento perde toda a força”, afirma. “Os motoristas de ônibus e os metroviários não estão falando mais em greve”, ele destaca.

Bancos

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, que havia aderido à greve, está reunido nesta sexta-feira, 16, para definir se a categoria vai ou não cruzar os braços na próxima segunda.