Economia

Produção de implementos rodoviários cai 10,22% em 2014, diz a Anfir

Redação Folha Vitória

São Paulo - A indústria de implementos rodoviários apresentou queda de 10,22% em 2014 na comparação com 2013. No ano passado, o setor comercializou 159.618 unidades, ante 177.795 em 2013, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), divulgadas nesta quinta-feira, 8.

O segmento Pesado (reboques e semirreboques) apresentou a maior queda do ano, entregando 56.529 unidades, o que representa um recuo de 19,37% em relação a 2013. Já no segmento Leve (carroceria sobre chassis) a queda foi de 4,27%, com entrega de 103.089 produtos.

A definição das condições para 2015 do PSI/Finame, linha de financiamento de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) responsável por financiar a maior parte dos implementos rodoviários da linha Pesada, deve trazer impacto negativo nas vendas do setor no primeiro trimestre do ano, segundo a Anfir.

A taxa anual de juros nos financiamentos no âmbito do programa passou para 10% para as grandes empresas, 9,5% para as pequenas e médias empresas e 9% na modalidade Pró-Caminhoneiro, destinada a autônomos. O anúncio oficial das medidas, feito pelo Ministério da Fazenda no dia 19 de dezembro, não trouxe qualquer referência sobre a parte financiável pelo PSI/Finame, que hoje é de 100% do valor do bem.

No entanto, a indústria e seus clientes têm como perspectiva a redução desse segmento pelo BNDES. "Se isso acontecer, a indústria espera que os bancos comerciais entrem firmes no complemento do valor dos bens, com taxas competitivas", diz Alcides Braga, presidente da Anfir. "Isso é importante para atrair clientes a fazer aquisições sem desembolso de capital de giro", completa.

Para a Anfir, no segmento Leve, onde o impacto das regras do PSI/Finame é menor porque uma boa parte das empresas compradoras não consegue se enquadrar nas regras do BNDES, as vendas deverão seguir em baixa influenciadas pelo desempenho da economia no ano anterior.

A avaliação da associação é de que, como 2014 não foi um ano bom para a maioria dos negócios, esse desempenho influenciará o comportamento dos empresários em 2015. "Os planos de aquisições e renovações serão revistos e é natural que haja um comportamento mais conservador para a compra de implementos rodoviários", avalia Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir.

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