Economia

Apesar de queda na produção industrial, Abinee elogia política externa do governo

Redação Folha Vitória

São Paulo - A despeito de as projeções iniciais da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) apontarem para estabilidade da produção industrial em 2016, em termos nominais, e queda de 6%, em termos reais, o presidente da entidade, Humberto Barbato, diz preferir não ser pessimista a ponto de concordar com os que defendem que o ano está totalmente perdido.

Para o executivo, apesar de o governo comandado por Dilma Rousseff estar se mostrando muito fraco, há áreas nele que estão funcionando bem. Barbato cita a retomada, depois de mais de uma década, das ações efetivas de promoção no exterior dos produtos produzidos no Brasil. "Não quero ser pessimista, porque isso seria ruim para a indústria e danoso para o emprego, mas também porque neste momento estamos tendo ações efetivas de promoção do Brasil no exterior", disse. Ele acrescenta que a indústria brasileira careceu de promoção de seus produtos no exterior por muitos anos.

Segundo Barbato, a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, estão desempenhando um trabalho muito forte para promover os produtos "made in Brazil" lá fora. Monteiro, segundo Barbato, tem trabalhado muito para firmar novos acordos comerciais com parceiros estrangeiros.

Uma das áreas que estão sendo mais difundidas no exterior no momento, segundo o presidente da Abinee, é o de bens para infraestrutura. O Itamaraty também tem atuado intensamente para aumentar o volume das exportações brasileiras, se reunindo com empresários da indústria para juntos encontrarem meios de incrementar as vendas.

"Ontem (1º de fevereiro) mesmo estive no Itamaraty. Eles têm nos pedido estudos e sugestões. Eu tenho sugerido que busquemos mercados na África e outros mercados que aceitam bem nossos produtos", contou Barbato.

Ele admite que são mercados difíceis de serem abertos, mas que são as opções que a indústria brasileira têm de abrir enquanto desempenha o trabalho de reconquistar o mercado que perdeu nas nações mais ricas. "A indústria brasileira ficou muito tempo longe do mercado externo. Muitos de nossos clientes antigos nem se lembram mais da gente. Temos de reiniciar todo um trabalho novo de reconquista de mercado externo", disse.

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