Economia

China estuda conectar seu mercado de bônus ao de Hong Kong, diz premiê

Redação Folha Vitória

Pequim - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse nesta quarta-feira que Pequim está considerando conectar o mercado de bônus do país ao de Hong Kong.

Se um eventual programa de cooperação entrar de fato em vigor, analistas esperam que investidores estrangeiros com contas em Hong Kong possam comprar bônus na China e que investidores chineses com contas na China tenham acesso aos bônus em Hong Kong.

Li, que falou em entrevista coletiva de encerramento do Congresso Nacional do Povo, não disse quando seria lançada ou como funcionaria a parceria nos mercados de bônus.

A China tem o terceiro maior mercado de bônus do mundo, avaliado em US$ 9 trilhões e menor apenas que os dos EUA e Japão. Gestores de fundo globais podem comprar bônus chineses por meio de programas de investimentos exclusivos. O acesso foi ampliado no início de 2016, através de um programa que exige que gestores se cadastrem junto ao banco central chinês (PBoC). Uma eventual parceria com Hong Kong ofereceria um novo canal de acesso e poderia pela primeira vez incluir investidores de varejo, de acordo com analistas.

"No momento, investidores estrangeiros ainda precisam enfrentar um complicado processo para ganhar acesso aos bônus da China continental", comentou Johnny Fang, analista do instituto de pesquisa Z-Ben Advisors em Xangai. "Uma conexão (com Hong Kong) poderá reduzir o custo desses gestores."

O mercado de bônus de Hong Kong, que supera US$ 400 bilhões, já é aberto a investidores globais.

Atualmente, Hong Kong tem duas parcerias com os mercados de ações da China, uma com Xangai e outra com Shenzhen. Fonte: Dow Jones Newswires.

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