Brazilian Regional Markets: entenda por que mercados regionais são tendência
As potencialidades do Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná foram discutidas a fundo com lideranças empresariais, políticas e grandes investidores em Nova York
As potencialidades dos mercados regionais do Espírito Santo e de outros estados foram discutidas a fundo por lideranças empresariais, políticas e grandes investidores internacionais no coração de Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos.
Estes mercados foram o ponto focal do Brazilian Regional Markets, encontro promovido pela Apex e EQI Investimentos para mostrar ao capital estrangeiro a força dos mercados que estão fora do eixo Rio-São Paulo.
Mas por que os mercados regionais viraram tendência? Para o presidente da Apex, Fernando Cinelli, as possibilidades de investimento neles são inúmeras, mas ainda não haviam sido mostradas ao público internacional com a atenção devida.
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"É fundamental trazer os dados e as informações relevantes de todos os estados que estão fora do eixo Rio-São Paulo e começar a entender quais são os aspectos que se destacam e se evidenciam neles", disse.
Para Cinelli, as potencialidades nacionais são tão importantes e relevantes quanto as grandes pautas nacionais.
"A gente sempre destacou na Brazil Week as pautas óbvias, são as grandes pautas nacionais. Só que existem outras subjacentes, relacionadas ao desenvolvimento do mercado regional, que têm tanta importância quanto, mas a gente ainda não destacava isso", afirmou.
A afirmação do empresário não foge à realidade, uma vez que os mercados regionais correspondem a 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Além disso, é nesses estados que se encontra 70% da população brasileira e 96% do território nacional.
Para o governador Renato Casagrande (PSB), que representou o Espírito Santo no evento, a posição do Estado é bem clara quando se trata de possibilidades com o mercado externo: ser uma porta de entrada e de saída de produtos e, para isso, é necessário ter relacionamentos fortes.
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"Queremos ser a porta de entrada dos produtos do mundo para o Brasil e a porta de saída dos produtos do Brasil para o mundo. É fundamental que a gente tenha relacionamentos, que forme uma rede de pessoas interessadas no desenvolvimento do nosso Estado, de fazer investimento no nosso Estado", afirma.
O vice-presidente da Rede Vitória de Comunicação, Americo Buaiz Neto, destacou que enxerga nas economias dos mercados regionais, grandes forças que devem ser exploradas daqui por diante.
Segundo o empresário, estados como o Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina representam grandes "tigres", em referência aos "tigres asiáticos", países do Leste e Sudeste da Ásia que experimentaram um rápido processo de crescimento econômico.
"Nós estamos em um polo onde decisões importantes acontecem, onde empresários tomam decisões de investimento no Brasil. Estamos aqui divulgando não só o mercado desta vez, regional, do Espírito Santo, mas também Santa Catarina e Paraná, que nós acreditamos serem tigres. O que isso quer dizer? Estados que podem crescer de forma muito rápida, porque existem muitas oportunidades de investimento", relatou.
Além de Americo Buaiz Neto, o diretor-executivo da Rede Vitória, Felipe Caroni, acompanhou as discussões sobre mercados regionais em Nova York.
O evento também chamou atenção para a economia de estados do Sul, que apresentam um grande crescimento nos últimos anos, em especial Paraná e Santa Catarina.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, disse que o estado sulista se destaca na produção de energia renovável e no agronegócio.
"Nós tivemos o maior crescimento econômico do Brasil, segundo o Banco Central, foi o estado do Paraná, com 7.8%. Então acho que é um bom momento, justamente no fortalecimento destas áreas estratégicas. Questão da produção de alimento, de forma sustentável, que é nossa responsabilidade e geração de energia, energia limpa", disse.
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*Com informações da repórter Luciana Camargo, da Record