Economia

Focus: retração do PIB em 2016 passa de 3,25% para 3,27%

Redação Folha Vitória

Brasília - Apesar da melhora das projeções na semana passada do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Instituto Internacional de Finanças (IIF) para a economia brasileira, o Relatório de Mercado Focus não trouxe refresco nas estimativas domésticas para o Produto Interno Bruto (PIB). O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central, mostrou que a projeção para a economia passou de -3,25% para -3,27%, após três semanas seguidas de melhora das previsões, que estavam em -4,44% um mês atrás.

Para 2017, a mediana das previsões do mercado ficou congelada em 1,10% de um levantamento para o outro. Estava em 1,00% há quatro semanas. No mês passado, o BC informou no Relatório Trimestral de Inflação que a sua nova estimativa para o PIB deste ano é de uma retração de 3,3% ante baixa de 3,5% vista na edição anterior do documento.

As estimativas para a produção industrial também mostraram pouco avanço na pesquisa Focus para este e o próximo ano. Para 2016, a queda foi mantida em 5,95%, como na semana passada. Um mês atrás estava em -5,89%. Já para 2017, a projeção recuou, passando de uma alta de 0,77% para um avanço de 0,75% - estava em 0,80% há uma semana.

Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB mostraram tendências opostas no documento de hoje. No caso de 2016, a mediana saiu de 44,40% para 44,45% de uma semana para outra. Um mês atrás, estava em 43,70%. Para 2017, no boletim Focus, as expectativas recuaram de 49,10% para 49,00% ante projeção apontada um mês atrás de 47,95%.

Selic

No primeiro relatório Focus após a estreia da nova cúpula do Banco Central (BC) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o documento trouxe estabilidade nas previsões para a Selic (a taxa básica de juros da economia). A previsão de Selic para o final de 2016 continuou em 13,25% ao ano como na semana anterior (o mesmo valor de um mês atrás) e a taxa básica prevista para o final de 2017 prosseguiu em 11,00% ao ano pela quarta semana consecutiva.

Já a Selic média deste ano ficou estacionada em 14,06% ao ano pela terceira semana seguida, enquanto a de 2017 seguiu em 11,75% ao ano. Há um mês, as medianas das taxas médias projetadas para este e o próximo ano estavam em, respectivamente, 14,03% e 11,67%.

A estabilidade nas projeções para a Selic ocorre após a sinalização do BC de que ainda não há espaço para redução da taxa básica no curto prazo. Além disso, o IPCA-15 de julho, acima da mediana das expectativas do mercado, divulgado no dia seguinte ao encontro do Copom, corroborou a avaliação do mercado de que o colegiado tende a ser mais cauteloso em relação a cortes da Selic.

Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica - que atualmente está em 14,25% ao ano - terminará este ano em 13,75% ao ano, como previam na semana anterior e um mês antes. Para o ano que vem, as estimativas ficaram estáveis em 11,25% ao ano.

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