FecomercioSP: parcela de lojas com estoque excessivo sobe para 33,3% em julho
Na avaliação da assessoria econômica da entidade, a greve dos caminhoneiros, reverteu sinais de recuperação econômica e, combinada às incertezas políticas e eleitorais, tem inibido investimentos e desanimado tanto empresários quanto consumidores
Os estoques do varejo na cidade de São Paulo continuam subindo e a situação de excesso de produtos encalhados nas lojas atingiu o maior número de empresas desde abril de 2017.
Segundo pesquisa da FecomercioSP, entidade que representa os setores de comércio e serviços, a proporção de lojas com estoques acima do ideal na capital paulista chegou a 33,3% em julho, acima do porcentual de junho: 32,4%. No mesmo intervalo, a parcela de lojas com estoques abaixo do ideal subiu de 13,8% para 14%.
Com isso, a parcela dos varejistas com estoques em situação tida como adequada caiu de 53,3% para 52,2% desde o mês passado.
Na avaliação da assessoria econômica da entidade, a greve dos caminhoneiros, deflagrada no fim de maio, reverteu sinais de recuperação econômica e, combinada às incertezas políticas e eleitorais, tem inibido investimentos e desanimado tanto empresários quanto consumidores.
A FecomercioSP diz ver como improvável a volta do quadro de estoques de antes da crise, quando 60% das lojas tinham estoques adequados. "Seria necessária mais uma rodada de otimismo e crescimento das vendas, algo que não parece provável diante dos problemas e incertezas que o País enfrenta", comenta a entidade, acrescentando que as vendas são relativamente mais fracas no início do segundo semestre, o que torna mais difícil o esforço de normalização de estoques.
A pesquisa é feita mensalmente pela FecomercioSP com aproximadamente 600 empresários do comércio no município de São Paulo. Segundo o levantamento deste mês, o índice de adequação de estoques no comércio paulistano chegou a 105 pontos, abaixo dos 107,1 pontos de junho. A escala vai de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total).