Economia

Secretário dos EUA diz que investigação sobre veículos continuará

Redação Folha Vitória

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse nesta quinta-feira que havia sido orientado pelo presidente americano, Donald Trump, a "continuar a investigação" sobre o possível dano à segurança nacional do país devido à importação de automóveis. No entanto, o secretário comentou que nenhuma tarifa a veículos estrangeiros será imposta enquanto se aguarda o resultado das negociações com a União Europeia. De acordo com ele, um relatório sobre as tarifas a automóveis deve ser concluído no próximo mês.

Um dia antes, Trump afirmou que ele e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, chegaram a um acordo para que os europeus comprassem mais soja e gás natural americanos e, em troca, os EUA não imporiam tarifas a automóveis enquanto as negociações comerciais estivessem em andamento. Os dois líderes não anunciaram nenhum compromisso firme, mas disseram que as negociações continuariam.

Ross disse nesta quinta-feira que as tarifas americanas sobre aço e alumínio europeus permanecerão em vigor durante as negociações. O secretário disse ser "difícil julgar" quanto tempo as conversas levariam, mas ressaltou que elas normalmente duram meses ou anos. O governo Trump ameaçou tarifar todos os automóveis e autopeças importados, não apenas da UE, citando preocupações de segurança nacional. Em 2017, os EUA importaram US$ 176 bilhões em carros de passeio, US$ 36 bilhões em caminhões e US$ 147 bilhões em componentes automotivos, de acordo com o Departamento do Comércio.

Questionado sobre o impacto da política comercial de Trump sobre os trabalhadores americanos, Ross se baseou nos indicadores econômicos do país para dizer que "muito mais empregos estão sendo criados". Ele afirmou que muitas empresas estavam usando a política comercial como "desculpa" ou dizendo que seus lucros estavam sendo penalizados, mas que, "em muitos casos, isso não é a principal razão". Os comentários de Ross foram feitos a bordo do Air Force One. Fonte: Dow Jones Newswires.