Economia

NY: bolsas se recuperam após iniciarem o dia em queda

Redação Folha Vitória

Nova York - As bolsas de Nova York se recuperaram das fortes perdas observadas no início do dia e fecharam perto da estabilidade. Dados fracos da economia europeia pressionaram os mercados de ações no começo da sessão, mas indicadores dos EUA, uma alta nos contratos futuros do petróleo e comentários do presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, ajudaram os índices a saírem das mínimas.

O índice Dow Jones caiu 24,50 pontos (0,15%) e fechou aos 16.117,24 pontos. Ele chegou a recuar 206,52 pontos no começo da sessão e se recuperou no fim da manhã. O S&P 500 ganhou 0,27 ponto (0,01%) e fechou aos 1.862,76 pontos e o Nasdaq subiu 2,07 pontos (0,05%), para 4.217,39 pontos.

Os movimentos irregulares ocorreram após mais de uma semana de volatilidade nos mercados financeiros, depois de meses de relativa calma. A zona do euro informou que a inflação em setembro atingiu o menor nível em cinco anos, o que provocou queda nas bolsas europeias pela manhã e pressionou Nova York na abertura dos negócios.

Monica DiCenso, chefe de estratégia de ações no JPMorgan, afirmou que "a magnitude dessa retração não está fora de sintonia com o que vimos no passado" e acrescentou que os investidores devem observar os lucros das empresas do terceiro trimestre, que devem mostrar que as companhias americanas permanecem "relativamente saudáveis".

A maioria dos dados econômicos dos EUA foram positivos nesta quinta-feira. Os pedidos de auxílio-desemprego diminuíram mais do que o esperado na semana passada e a produção industrial cresceu acima das expectativas. O índice de atividade econômica do Fed de Filadélfia caiu, porém menos do que o esperado. Na contramão, o sentimento do setor de construção recuou em outubro, a primeira queda desde maio. A expectativa era de que o índice permanecesse estável.

Os comentários de Bullard também contribuíram para a alta dos principais índices de ações. O dirigente afirmou em entrevista à Bloomberg TV que o Fed deveria estender o programa de compra de bônus - chamado de relaxamento quantitativo - para além de outubro para manter as opções políticas abertas, tendo em vista o declínio das expectativas de inflação no país.

Além disso, as bolsas foram ajudadas por um movimento de alta no mercado futuro de petróleo. O contrato para novembro negociado na Nymex subiu 1,1%, para US$ 82,70 por barril. As ações das empresas de energia avançaram 1,1%, o maior ganho setorial do S&P 500.

O destaque entre as quedas foi o Goldman Sachs, que caiu 2,78%. Apesar do balanço ter mostrado resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre, alguns analistas acreditam que o aumento do lucro foi em grande parte impulsionado por despesas menores com remuneração e melhores resultados de unidades voláteis do banco.

A Netflix teve a maior queda nos índices S&P 500 e Nasdaq. As ações fecharam em baixa de 19,37%, após a empresa divulgar dados fracos sobre o número de usuários no balanço do terceiro trimestre.

As ações do Apple recuaram 0,78% após a empresa anunciar o novo iPad e informar que o sistema de pagamento por celular, o Apple Pay, estará disponível a partir de segunda-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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