Economia

Apesar de protesto, usina em Cubatão opera normalmente, afirma Usiminas

Redação Folha Vitória

São Paulo - A usina da Usiminas em Cubatão opera normalmente, apesar do protesto que acontece da frente da companhia. O ato de sindicalistas é contra a decisão da empresa de paralisar temporariamente as áreas primárias da usina na Baixada Santista, o que deverá provocar a demissão de quatro mil pessoas, entre funcionários diretos e terceirizados.

"A Justiça do Trabalho garantiu, em decisão proferida ontem, o direito à livre manifestação sindical desde que os sindicalistas manifestantes não impedissem o acesso dos empregados à usina. Em virtude disso, a Usiminas lamenta que o cumprimento desta decisão tenha sido possível apenas depois da intervenção da Polícia Militar, que garantiu a entrada dos empregados e a operação normal da usina" diz nota da Usiminas enviada nesta quarta-feira, 11, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Na mesma nota a companhia destaca ainda "que entende a gravidade do momento", "mas acredita que a tentativa frustrada de impedir o acesso à usina por parte de sindicalistas em nada contribuirá para a solução dos problemas relacionados à queda progressiva do mercado de aço e dos gargalos de competitividade de nosso País, fatores que estão na base da decisão de se desativar temporariamente as áreas primárias da Usina de Cubatão".

O protesto foi decidido na última sexta-feira, em reunião intersindical em Cubatão. O sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos) calcula que a medida adotada pela Usiminas ocasionará sete mil demissões previstas de empregados diretos e terceirizados da fábrica de aço, afetando, segundo a entidade, outros milhares de postos de trabalho na região.

O presidente da Usiminas, Rômel de Souza, chegou a se reunir com o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, para falar sobre as demissões. O pedido do governo seria para a empresa suspender as demissões por 120 dias.

A Usiminas luta contra o tempo para se adequar à baixa demanda de aço no mercado interno, ao mesmo tempo que convive há mais de um ano com um racha entre seus dois principais acionistas, Ternium e Nippon Steel. No terceiro trimestre a companhia apresentou um prejuízo de R$ 1,04 bilhão, o quinto consecutivo, além de reportar um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo.

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