Economia

Fundos devem bater meta atuarial em 2017 mas ano exige cautela, diz Abrapp

Redação Folha Vitória

São Paulo - A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) acredita que os fundos de previdência complementar privados voltem a bater as metas atuariais no ano que vem, mas entende que o momento político no País demanda cautela. "Como batemos a meta em 2016, espero ainda um ano melhor em 2017", afirmou José Ribeiro, presidente da associação.

Segundo Ribeiro, as incertezas no campo político, com potencial impacto no desempenho da agenda de reformas e da economia, não deve comprometer os fundos este ano, mas há preocupação com 2017. "Vínhamos sendo mais otimistas com 2017", afirmou. "Mas com esse repertório de fatos recentes, há preocupação", acrescentou.

Ribeiro acredita que, ainda que haja expectativa de queda da inflação, os fundos seguirão conservadores e talvez 2017 não seja um ano de diversificação. Ele se mostrou cético também quanto aos investimentos em infraestrutura, lembrando não terem dado certo por conta de inconsistências nas regras e pela piora da economia.

O presidente da Abrapp comentou também que os fundos devem levar de quatro a cinco anos para voltarem a ter desempenho superavitário na sua maioria. Segundo dados apresentados, há 87 planos de previdência com déficit de R$ 78 bilhões, enquanto outros 131 estão superavitários em R$ 18,5 bilhões.

O índice de solvência por sua vez, que mede o déficit em relação aos ativos, caiu para 85% do patamar de 107% em 2014.

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