Para BC, corte de juros dependerá de projeções
O documento avaliou ainda que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos é uma contribuição importante para a economia brasileira
Brasília - O Banco Central voltou a afirmar nesta quinta-feira, 22, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que a magnitude dos cortes da Selic (a taxa básica de juros) e a intensificação do ritmo dependerão das projeções e expectativas de inflação e da evolução de fatores de risco específicos. Essa avaliação já constava na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no início de dezembro.
"Nesse sentido, o Copom destaca que o ritmo de desinflação nas suas projeções pode se intensificar caso a recuperação da atividade econômica seja mais demorada e gradual que a antecipada", pontuou o BC no RTI.
Para o BC, a intensificação do processo de diminuição da inflação depende de um ambiente externo adequado. "Não há, no entanto, relação mecânica entre o cenário externo e a política monetária", acrescentou a instituição.
Fiscal
O documento avaliou ainda que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos é uma contribuição importante para a economia brasileira. Ao mesmo tempo, o BC defendeu a importância de outras reformas no âmbito fiscal e também no âmbito microeconômico, "visando maior flexibilidade da economia, ganhos de eficiência, aumento de produtividade e melhoria do ambiente de negócios".
Para o BC, os esforços nas reformas "são fundamentais para a estabilização e a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento sustentável da economia brasileira".