Economia

Em encontro com o Inea, CSN tentará evitar que usina seja fechada

Redação Folha Vitória

Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) voltarão a discutir soluções para a usina Presidente Vargas, instalada em Volta Redonda (RJ), segundo o presidente do sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos. Ele disse ter sido informado do encontro marcado para esta terça-feira, 5, pelo governador Luiz Fernando Pezão, com quem esteve por uma hora e meia, nesta segunda-feira, 4.

A CSN confirmou que a reunião está marcada, mas a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), à qual o Inea é vinculado, disse não ter conhecimento do encontro.

O órgão ambiental do Estado do Rio notificou a CSN na última sexta-feira, 1, pelo descumprimento de exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2016 e ameaça encerrar as atividades na usina de Volta Redonda no dia 10 de dezembro, como previsto no acordo firmado no ano passado.

No encontro desta segunda-feira, 4, o presidente do sindicato pediu ao governador Pezão que considerasse os 18 mil empregos atrelados ao funcionamento da usina e que fosse elaborado um aditivo ao TAC para que a empresa tenha mais tempo para cumprir as exigências ambientais. "Pezão se comprometeu a achar uma saída", disse Campos.

A CSN alega que, desde 2010, já investiu R$ 750 milhões para adequar a usina Presidente Vargas às condições definidas pelo Estado do Rio. Afirma também que uma auditoria independente atestou que apenas um item do termo ainda não foi cumprido e que a contratação dessa auditoria está prevista no TAC.

Em nota, a empresa informou que "está em franco processo de negociação com o Governo do Estado do Rio de Janeiro sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), atualmente em vigor", e que "responderá à notificação para assegurar a manutenção de suas atividades".

Já a SEA divulgou comunicado no qual elenca as oportunidades dadas à companhia para se adequar às regras ambientais desde 1994, dois anos após a siderúrgica ser privatizada. "O Inea entende que muito há que se avançar, principalmente em termos de grandes investimentos estruturais (e não apenas "procedimentos de rotina" e pequenas adaptações nos equipamentos já obsoletos) para que a siderúrgica possa continuar operando sem causar todos os danos e impactos ao meio ambiente", informa a empresa.

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