Economia

'País continuará atraindo as grandes petroleiras', diz diretor do IBP

‘País continuará atraindo as grandes petroleiras’, diz diretor do IBP ‘País continuará atraindo as grandes petroleiras’, diz diretor do IBP ‘País continuará atraindo as grandes petroleiras’, diz diretor do IBP ‘País continuará atraindo as grandes petroleiras’, diz diretor do IBP

Antônio Guimarães, diretor de Exploração e Produção do IBP

Como o sr. avalia o leilão?

O resultado foi muito bacana. Teve um bloco com grande atratividade (Uirapuru), pelo qual concorreram 11 empresas, o que demonstra que o Brasil está num outro cenário. As principais propostas feitas pelos consórcios que não contaram com a Petrobrás demonstram que houve competição, o que agrega valor ao País. O bloco que não foi vendido (Itaimbezinho) não era bom mesmo, senão teria sido vendido. O leilão foi positivo por todos os ângulos – ágios, investimentos e receitas. Prevemos grandes investimentos, geração de emprego e renda. Talvez a sociedade não tenha noção do valor socioeconômico que os leilões trarão no futuro. Isso se houver a continuidade desse processo. A gente precisa que esse processo continue.

Por que Três Marias teve ágio maior que Uirapuru, considerado o mais atrativo?

As empresas fazem suas ofertas seguindo a lógica de risco e retorno. Em Uirapuru, a oferta foi alta porque as informações (disponibilizadas pela ANP) mostravam que a chance de descobrir muito petróleo na área é grande e que a produtividade será alta. Olhando Três Marias, o risco pode ser maior, porque havia menos informação disponível. Mas a análise das empresas foi melhor do que da própria ANP. Não acho que houve subavaliação do governo. A grande diferença é que cada companhia tem sua melhor forma de enxergar valor. Essa é a beleza do processo competitivo.

A que o sr. atribui a estreia da Chevron no pré-sal?

A empresa já tinha entrado nos leilões de concessão (de pós-sal). Não é surpresa que, após os processos que o País passou para tornar o ambiente de negócio mais atrativo, tenha optado também pelo pré-sal. Tudo está atrelado ao fato de o Brasil estar se apresentando de forma mais atrativa. Todas as maiores empresas do mundo estavam lá (no leilão). As grandes petroleiras estão nos projetos de shale (reservatórios não convencionais) norte-americano, que dá resposta mais rápida às empresas. Mas os grandes volumes vão vir dos grandes reservatórios de águas profundas, de projetos de longo prazo como o pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.