Economia

Pauta da Câmara inclui projeto para FGTS, mas líderes esperam proposta do governo

Pauta da Câmara inclui projeto para FGTS, mas líderes esperam proposta do governo Pauta da Câmara inclui projeto para FGTS, mas líderes esperam proposta do governo Pauta da Câmara inclui projeto para FGTS, mas líderes esperam proposta do governo Pauta da Câmara inclui projeto para FGTS, mas líderes esperam proposta do governo

Brasília – Passadas as derrotas que marcaram o retorno do recesso parlamentar, o Palácio do Planalto deve esperar uma semana menos tensa na Câmara dos Deputados. Apesar do projeto que muda a remuneração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) estar na pauta oficial da Casa, a disposição dos líderes da base é de esperar a contraproposta do governo e não votar a matéria na semana que vem.

O projeto original dobra a correção das contas vinculadas ao FGTS. Atualmente, a poupança dos trabalhadores é corrigida em 3% ao ano mais Taxa Referencial. Segundo o texto, a remuneração passa a ser, a partir de janeiro de 2016, de 6,17% ao ano. O governo alega que, se aprovado como está, o projeto encareceria os financiamentos com juros subsidiados nas áreas de infraestrutura, habitação e saneamento, tornando assim inviável a terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida.

Avalista da proposta, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manteve o assunto na programação, mas disse que a prioridade é a lei antiterrorismo porque o projeto tranca a pauta. Cunha pretende retomar a votação do segundo turno da Reforma Política e concluir a votação dos destaques da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 443) que reajusta salários de várias carreiras, entre elas de advogados públicos.

Embora o presidente da Câmara esteja disposto a votar o texto que estiver disponível para apreciação do plenário, seja o original ou a versão que está sendo elaborada pelo Ministério do Planejamento, os líderes partidários acreditam que não haverá tempo hábil para aprovar a correção do FGTS nos próximos dias. “Não acredito na votação do FGTS na próxima semana. Acho razoável que o governo mande sua contraproposta”, declarou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), acredita que a intenção de não votar logo o projeto sobre o FGTS demonstra que a Câmara busca baixar a temperatura política da semana, que culminou com a votação de quatro contas de governo e a aprovação da PEC dos advogados públicos, projeto este que provocará um impacto de R$ 2,45 bilhões por ano para a União. “Isso sinaliza uma reflexão responsável de Eduardo Cunha. A questão toda é quem ganha neste momento, quem ganha com esse clima”, concluiu.