Economia

Perfumes árabes fazem sucesso no ES com aroma, requinte e custo-benefício

Com aromas intensos, longa duração e frascos que parecem joias; entenda o sucesso do novo queridinho

Perfumes árabes fazem sucesso no ES com aroma, requinte e custo-benefício Perfumes árabes fazem sucesso no ES com aroma, requinte e custo-benefício Perfumes árabes fazem sucesso no ES com aroma, requinte e custo-benefício Perfumes árabes fazem sucesso no ES com aroma, requinte e custo-benefício
Perfumes árabes (Foto: Thiago Soares)
Perfumes árabes se destacam pelo custo-benefício e alta concentração de essências. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Os perfumes árabes têm feito sucesso entre os capixabas. Seja pelo aroma marcante, pela longa fixação ou pelas embalagens requintadas, que mais parecem obras de arte, essas fragrâncias orientais estão conquistando um público cada vez mais fiel no Espírito Santo.

A advogada Fernanda Stacul Pimentel é uma das entusiastas dessa tendência. Apaixonada pela cultura oriental desde jovem, ela começou sua coleção influenciada por uma professora que viajava frequentemente ao Oriente Médio. Hoje, tem entre 11 e 12 perfumes árabes — e mais cinco a caminho.

Fernanda Stacul Pimentel de Oliveira Correia. Advogada e Administradora (Foto: arquivo pessoal)
Fernanda Stacul Pimentel tem uma coleção de perfumes árabes. Foto: Arquivo pessoal

São perfumes agradáveis, com uma fixação excelente. Eu já compro frascos grandes para não faltar. Tem dia que tomo banho à noite e, no outro dia, ainda sinto o cheiro na roupa. Quando eu uso, sempre recebo elogios. E quando falo que é perfume árabe, as pessoas se surpreendem, acham que é algo inacessível, conta Fernanda.

Além da qualidade olfativa, o custo também chama a atenção. Enquanto grifes tradicionais como Chanel podem ultrapassar facilmente os R$ 1.000, muitas fragrâncias árabes custam entre R$ 280 e R$ 300. “Eles têm concentração muito maior de essência. Alguns vêm até em forma de óleo, o que intensifica a fixação”, completa a colecionadora.

Perfumes árabes têm alta concentração de essência

Para entender o sucesso desse segmento, o sommelier de fragrâncias Elber Simões tem notado um crescimento significativo na procura por perfumes árabes.

Elber Simões - Gerente na Fragrance Maison do Shopping Vitória (Foto: Thiago Soares)
Elber Simões falou sobre a performance dos perfumes árabes. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

O que atrai o público é a performance. São perfumes com altíssima concentração de essência, muitos compostos por especiarias, incensos, flores e madeiras nobres. Eles deixam rastro, marcam presença, e isso chama atenção, explica Elber.

Segundo o especialista da loja Fragrance, o público jovem, entre 15 e 30 anos, tem sido protagonista desse movimento. Influenciados por resenhas nas redes sociais, principalmente no Instagram e TikTok, eles buscam fragrâncias duradouras e com visual chamativo.

A variedade de preços também contribui para a popularização. Há opções que variam de R$ 399 a mais de R$ 3.900, dependendo se o perfume pertence à categoria designer ou nicho.

Os de nicho são mais nobres, feitos com matérias-primas raras e maior concentração de óleos essenciais, o que ajuda na fixação do perfume. Já os de design têm menos óleo, o que interfere na durabilidade.

Confira os mais vendidos

Femininos
Perfumes árabes femininos (Foto: Elber Simões)
Perfumes árabes femininos (Foto: Elber Simões)
  • Ambre Rouge
  • Bella Rouge
  • Pure Aruba
  • Rose de Soleil
  • Royal jasmine
Masculinos
Perfumes árabes femininos (Foto: Elber Simões)
Perfumes árabes masculinos (Foto: Elber Simões)
  • Godness Oud
  • Imperial Blue
  • XO
  • Elixir
  • Infamous

Fatores contribuem para menor custo de produção

De acordo com o advogado tributarista e empresarial Samir Nemer, existem alguns fatores para os perfumes árabes serem mais baratos. Primeiramente, a produção nos países árabes costuma ser menos custosa que no Brasil, devido à burocracia, à legislação e aos direitos trabalhistas brasileiros.

Ele também frisa que os países árabes possuem mão de obra mais barata e mais matérias-primas, o que também diminuiu o preço dos perfumes. Eles também são itens com embalagens simples, ou seja, não há tanto custo com os embrulhos.

Outro fator importante para a redução dos custos, segundo Nemer, é a forma como os perfumes são vendidos, normalmente em modelo comercial direto. “Em lojas virtuais, com importadores menores, sem intermediários. Assim, o produto tem preço bem menos competitivo”, completou o advogado tributarista.

Além disso, não há tanto investimento nas publicidades por parte das marcas. Por exemplo, alguns perfumes de fora do país realizam anúncios com figuras públicas, enquanto isso, os produtos árabes apostam mais no boca a boca.

Apesar de ter explicado os fatores, Nemer afirma que o aumento nas vendas dos produtos não se deu exatamente por redução de tributos, mas sim por propagandas entre usuários e pelas redes sociais.

“Há também uma percepção no mercado consumidor brasileiro de que produtos importados são melhores que os nacionais. O que, na minha percepção, não é uma verdade”, disse Nemer.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Ana Piontkowski *

Estagiária

Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.

Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.